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Yaldabaoth e os Arcontes

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  Yaldabaoth é uma figura central na cosmologia gnóstica, frequentemente retratada como o demiurgo, o criador do mundo material imperfeito. Sua influência se estende também à literatura, onde ele serve como um poderoso símbolo de vários temas. Cosmologia Gnóstica:  * O Demiurgo Imperfeito: Na visão gnóstica, Yaldabaoth é um ser arrogante e ignorante que se acredita o único deus. Ele cria o mundo material como uma imitação falha do reino espiritual superior, aprisionando as almas humanas na matéria.  * A Origem do Mal: Yaldabaoth é frequentemente associado à origem do mal e do sofrimento no mundo. Sua criação imperfeita é vista como a fonte das imperfeições e limitações da existência humana.  * A Busca pela Gnose: O gnosticismo enfatiza a busca pela gnose, o conhecimento espiritual que liberta as almas da prisão da matéria. Yaldabaoth representa o obstáculo a essa busca, simbolizando a ignorância e a ilusão que mantêm as pessoas presas ao mundo material. Yaldabaoth na...

Sete sermões aos mortos

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  Na visão de Carl Jung, Abraxas é uma figura complexa e multifacetada que representa a totalidade do ser, a união dos opostos e a transcendência dos limites da consciência humana. Jung explorou o conceito de Abraxas em sua obra "Sete Sermões aos Mortos", onde o descreve como um deus superior tanto ao bem quanto ao mal, um ser que engloba todas as dualidades e contradições do universo. Principais aspectos da visão de Jung sobre Abraxas:  * Totalidade: Abraxas simboliza a totalidade do ser, a união dos opostos complementares, como luz e escuridão, bem e mal, masculino e feminino. Ele representa a busca pela integração de todos os aspectos da psique humana.  * Transcendência: Abraxas transcende as limitações da consciência humana, representando um nível superior de compreensão e sabedoria. Ele nos convida a ir além das dualidades e contradições aparentes da vida.  * Símbolo do inconsciente: Jung via Abraxas como um símbolo do inconsciente coletivo, a fonte de sabedoria...

As Sete letras do nome Abraxas

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  abraxas , sequência de letras gregas considerada como uma palavra e antigamente inscrita em amuletos, amuletos e pedras preciosas na crença de que possuía qualidades mágicas. A origem de Abraxas é complexa e envolta em mistério, com raízes que se estendem por diversas tradições religiosas e filosóficas. Aqui estão alguns pontos-chave sobre sua origem e disseminação: Origem e Região:  * Gnosticismo:    * Abraxas ganhou destaque nas doutrinas gnósticas, que floresceram no Mediterrâneo oriental durante os primeiros séculos da Era Comum. Essa região, que incluía partes do Egito, Síria e Ásia Menor, foi um caldeirão de influências religiosas e filosóficas.    * O gnosticismo buscava um conhecimento esotérico (gnosis) para transcender a realidade material, e Abraxas era visto como uma emanação cósmica superior, um ser que abrangia a totalidade do universo.  * Influências:    * É provável que a figura de Abraxas tenha sido influenciada por outras ...

Energia elétrica no Antigo Egito?

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  Principais pontos da teoria de Krassa e Habeck:  * Baterias de Bagdá: Eles afirmam que artefatos conhecidos como "Baterias de Bagdá" (datadas de cerca de 200 a.C., da época parta, e encontradas perto de Bagdá, no Iraque) seriam similares a dispositivos elétricos usados pelos egípcios. No entanto, não há evidências de que os egípcios conhecessem ou utilizassem tais baterias. As "Baterias de Bagdá" provavelmente eram usadas para armazenar pergaminhos ou outros objetos.  * Relevos de Dendera: Os autores interpretam relevos do templo de Dendera, no Egito, como representações de lâmpadas elétricas. No entanto, egiptólogos e outros especialistas explicam que as imagens retratam cenas religiosas e simbólicas, como a "lâmpada de Hórus", um símbolo de renascimento e regeneração.  * 

As Três Irmãs as Graias da mitologia grega

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  Na rica tapeçaria da mitologia grega, as Graias, também conhecidas como Fórcides, emergem como figuras envoltas em mistério e simbolismo. Irmãs, anciãs e detentoras de um único olho e dente compartilhados, as Graias personificam a velhice, a sabedoria e o conhecimento arcaico. Nascimento e Genealogia: Filhas de Fórcis e Ceto, divindades marinhas primordiais, as Graias eram irmãs das Górgonas e de outras criaturas monstruosas. Seus nomes, Enio (horror) e Pefredo (alarme), refletem sua natureza aterrorizante. Algumas versões da lenda acrescentam uma terceira irmã, Dino (medo). Aparência e Simbolismo: As Graias são geralmente representadas como mulheres idosas, com cabelos brancos e corpos enrugados. A característica mais marcante é o olho e o dente que compartilham, revezando-se para usar. Essa peculiaridade simboliza a natureza compartilhada da sabedoria e a necessidade de cooperação e dependência mútua. O Mito de Perseu: O mito mais famoso envolvendo as Graias é o de Perseu. Para...

'Aristóteles não é simplesmente o filósofo mais importante, mas o ser humano mais importante que já viveu'

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 "Toda teoria está aberta à refutação por meio de observações subsequentes, disse Aristóteles mais de uma vez", enfatiza Sellars. A lógica também? "Ele foi o primeiro a estudar as estruturas do pensamento racional, inventando a lógica formal no processo e articulando claramente pela primeira vez os principais princípios lógicos, como a Lei do Meio Excluído: qualquer proposição só pode ser verdadeira ou falsa." "Essa divisão binária é a ideia fundamental subjacente ao mundo digital." Além disso, "Ética a Nicômaco foi provavelmente o livro de ética mais influente de todos os tempos", diz Sellars. Por quê? Por causa da riqueza e complexidade da resposta que ele dá. Ele não simplifica. E ele reconhece todas as dificuldades reais de tentar viver uma vida humana." "Ele também traz seu espírito científico para o assunto. "Temos que pensar primeiro sobre o que é um ser humano e quais são suas capacidades e habilidades, e depois sobre o que...

Povos e Cosmologias da Grécia Antiga

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  A Grécia Antiga foi um berço de diversas cosmologias, cada uma com suas particularidades e influências. Dentre os principais povos e seus mitos sobre a origem do universo, destacam-se:  * Minoicos: Habitantes da ilha de Creta, os minoicos possuíam uma cultura rica em símbolos e rituais ligados à natureza. Sua cosmologia, embora pouco documentada, provavelmente envolvia divindades ligadas à terra, ao mar e aos fenômenos naturais.  * Micênicos: Dominantes no continente grego, os micênicos possuíam uma cultura guerreira e uma religião politeísta. Seus mitos, preservados em obras como a Ilíada e a Odisseia, descrevem um cosmos ordenado por deuses antropomórficos, como Zeus, Hera e Poseidon.  * Jônios: Habitantes da costa da Ásia Menor e das ilhas do Mar Egeu, os jônios foram os primeiros a buscar explicações racionais para a origem do universo. Filósofos como Tales de Mileto, Anaximandro e Anaxímenes propuseram elementos primordiais como água, o ápeiron e o ar, respec...

Os Etruscos e a Fundação de Roma: Uma Relação Complexa

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  A influência etrusca na formação de Roma é um tema fascinante e complexo, que moldou significativamente a história da civilização ocidental. Embora os romanos tenham eventualmente dominado os etruscos e absorvido muitos aspectos de sua cultura, a relação entre os dois povos foi marcada por intercâmbio cultural, alianças políticas e, eventualmente, conflitos. Quem eram os Etruscos? Os etruscos eram uma civilização avançada que habitava a região da Toscana, na Itália, antes da ascensão de Roma. Conhecidos por suas habilidades em metalurgia, arquitetura e comércio, os etruscos exerceram uma grande influência sobre os povos vizinhos, incluindo os latinos, que habitavam a região do Lácio, onde Roma se situava. A influência etrusca em Roma A influência etrusca em Roma é evidente em diversas áreas:  * Política: Os primeiros reis de Roma foram etruscos, o que sugere que os etruscos exerceram um domínio político sobre a cidade em algum momento. A organização social romana, com suas c...

Cosmologia Havaiana: A Criação do Universo

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  A cosmologia havaiana, rica em mitologia e espiritualidade, oferece uma visão fascinante sobre a origem do universo. De acordo com suas crenças, o mundo surgiu de um estado primordial de escuridão e caos, conhecido como Po. Os Deuses Criadores Os principais deuses envolvidos na criação são:  * Kane: Considerado o deus da criação e do céu, Kane é frequentemente retratado como a força vital que deu origem a tudo o que existe.   * Lono: Associado à fertilidade, à agricultura e à paz, Lono é responsável pela criação da terra e pela manutenção do ciclo da vida.   * Ku: Representa a força, a guerra e a autoridade, Ku é o deus que deu forma ao universo e estabeleceu a ordem cósmica.   * Kanaloa: Associado ao mar, à escuridão e às trevas, Kanaloa é frequentemente visto como o oposto de Kane, representando a força destrutiva e o caos.  O Processo Criativo A criação do universo, segundo a mitologia havaiana, envolve um processo gradual e complexo. A ...

O Homem Eterno

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  O Homem Eterno: Um Resumo e Conexões O Homem Eterno, de G.K. Chesterton, é uma obra que busca compreender a jornada espiritual da humanidade, especialmente da civilização ocidental, e as transformações profundas que ocorreram após a chegada do cristianismo. Chesterton apresenta uma visão ampla da história, contrastando a visão pagã com a cristã, e argumentando que o cristianismo não é apenas uma religião, mas a chave para entender a própria natureza humana. Resumo:  * A Criatura Chamada Homem: Chesterton inicia explorando a singularidade do ser humano, destacando sua capacidade de transcender o mundo natural e buscar significado além da existência material.  * O Homem Chamado Cristo: A segunda parte se concentra na figura de Cristo e seu impacto na história. O autor argumenta que o cristianismo não é apenas uma crença, mas uma força transformadora que moldou a civilização ocidental.  * A Jornada Espiritual: Ao longo do livro, Chesterton traça um paralelo entre a jo...

A Tábua das Nações: entre fé e ciência.

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  A Tábua das Nações: entre fé e ciência A Tábua das Nações, presente em Gênesis 10, apresenta um relato genealógico das nações que descendem de Noé, após o Dilúvio. Esse texto, carregado de simbolismo e significado religioso, tem sido objeto de inúmeras interpretações ao longo dos séculos. Ao confrontá-lo com os registros arqueológicos e os estudos genéticos mais recentes, emerge um cenário complexo, repleto de convergências e divergências. Em primeiro lugar, é fundamental reconhecer que a Tábua das Nações não se propõe a ser um tratado histórico no sentido estritamente científico. Seu objetivo principal é teológico, buscando traçar uma genealogia sagrada que conecte todos os povos à mesma origem divina. Assim, as informações contidas nesse texto devem ser interpretadas à luz da fé e da tradição judaico-cristã. Por outro lado, os registros arqueológicos e os estudos genéticos oferecem uma perspectiva secular sobre a história da humanidade. Esses campos de conhecimento têm avançado...

O Sânscrito e a Inteligência artificial (linguagem, lógica, filosofia)

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  Rick Briggs e o Sânscrito: Uma Proposta Inovadora para a IA Rick Briggs, um cientista associado à NASA, propôs uma ideia bastante intrigante: utilizar o sânscrito, uma antiga língua indiana, como base para a criação de códigos de computador em programas de inteligência artificial. Por que o sânscrito? Briggs argumenta que a estrutura gramatical precisa e a riqueza semântica do sânscrito o tornam ideal para a comunicação com máquinas. Algumas das razões que o levam a essa conclusão são:  * Precisão: A gramática do sânscrito é extremamente precisa, com poucas ambiguidades, o que poderia facilitar a interpretação por algoritmos.  * Riqueza semântica: Cada palavra em sânscrito carrega uma grande quantidade de significado, o que poderia permitir a criação de códigos mais concisos e expressivos.  * Metalinguagem: O sânscrito possui uma metalinguagem interna, ou seja, uma linguagem para falar sobre a própria linguagem, o que poderia ser útil para a criação de sistemas de ...

MASHYA E MASHYNAG, ADÃO E EVA

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  Mashya e Mashyana: Os Primeiros Humanos na Mitologia Zoroastriana Mashya e Mashyana são figuras centrais na cosmogonia zoroastriana, representando o primeiro homem e a primeira mulher, respectivamente. Segundo a tradição, eles foram os progenitores da humanidade, dando início à linhagem humana. A Criação e a Humanidade A narrativa da criação de Mashya e Mashyana é rica em simbolismo e mitologia. De acordo com o Bundahishn, um dos textos sagrados zoroastrianos, a criação se deu da seguinte forma:  * Gayomart: Antes de Mashya e Mashyana, existiu Gayomart, uma criatura primordial, considerada o primeiro ser vivo criado por Ahura Mazda.  * A Árvore Sagrada: Após a morte de Gayomart, uma árvore sagrada brotou de seu corpo.  * Mashya e Mashyana: Deste mesmo tronco, surgiram Mashya e Mashyana, os primeiros humanos. Importância e Simbolismo  * Progenitores da Humanidade: Mashya e Mashyana são vistos como os ancestrais de toda a humanidade, carregando consigo a respons...

Comparando Zoroastrismo, Judaísmo, Cristianismo

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  Zoroastrismo, Judaísmo, Cristianismo, islamismo e a Dualidade Original As narrativas de criação no Zoroastrismo, Judaísmo e Cristianismo apresentam uma estrutura comum: a dualidade entre o bem e o mal, a luz e as trevas. No Zoroastrismo, essa dualidade é representada por Ahura Mazda (o Criador) e Angra Mainyu (o espírito maligno). No Judaísmo, encontramos a serpente do Éden, tentadora, e a imagem de um Deus criador e justo. No Cristianismo, a dualidade é explorada na figura de Lúcifer, o anjo caído, e a de Deus Pai. Os Ouros e a Materialidade No Tarô, os Ouros são frequentemente associados à materialidade, à terra, à riqueza e à abundância. Adão e Eva, no Jardim do Éden, representam a humanidade em seu estado original, antes da queda e do conhecimento do bem e do mal. A expulsão do paraíso é muitas vezes interpretada como uma perda da inocência e um confronto com a realidade material. Conexões e Simbolismos  * Dualidade e Tentação: Tanto no Zoroastrismo quanto no Judaísmo e ...

A Civilização Pré Dilúviana

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Em tempos imemoriais, quando a Terra ainda era jovem e a humanidade florescia sob um céu estrelado e puro, existiu uma civilização de beleza e sabedoria incomparáveis. Essa sociedade, anterior ao grande dilúvio que moldaria o destino da humanidade, era abençoada com uma conexão profunda com a natureza e uma compreensão intuitiva das leis do universo. Os habitantes dessa era dourada eram seres de estatura imponente e longevidade extraordinária. Viviam em harmonia com a terra, cultivando vastos jardins e erguendo cidades que rivalizavam com as estrelas em esplendor. Sua sabedoria era vasta, abrangendo conhecimentos sobre astronomia, medicina e até mesmo a manipulação das forças da natureza. No entanto, essa civilização idílica não estava imune à corrupção. A inveja, a ganância e o orgulho se infiltraram em seus corações, levando-os a esquecer os princípios que os haviam guiado por tanto tempo. A desobediência aos deuses se tornou comum, e a violência e a opressão se espalharam por toda a...

A Dança das Dez Dimensões

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  A Dança das Dez Dimensões: Um Passeio pela Teoria das Cordas A Teoria das Cordas, uma das mais intrigantes propostas da física moderna, propõe uma revolução em nossa compreensão do universo. Em vez de descrever as partículas elementares como pontos infinitesimais, a teoria as concebe como minúsculas cordas vibrantes, cuja frequência de vibração determinaria suas propriedades. Para que essa teoria seja consistente matematicamente, ela exige a existência de um número surpreendente de dimensões: dez. Mas como conciliar essa noção de um universo com dez dimensões com a nossa experiência de um mundo tridimensional? A resposta reside na ideia de que as dimensões extras estariam "enroladas" em escalas microscópicas, tornando-se imperceptíveis em nossa escala macroscópica. Essa compactificação das dimensões extras é um dos aspectos mais desafiadores e fascinantes da teoria das cordas. A relação entre a Teoria das Cordas e as dez dimensões é profunda e complexa. A consistência matem...