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VLADIMIR JABOTINSKY [O FASCISMO E O ENIGMA DO MEDALHÃO NAZI - SIONISTA]



"Zeev" Jabotinsky em seu uniforme fascista

Alguém já disse que é no passado que se encontram as respostas para os dilemas do presente e as agruras do futuro. Assim, torna-se da maior importância o conhecimento da base política original dos principais líderes israelenses de ontem e hoje. Muito se fala em sionismo, às vezes até se lembra de Thedor Herzl, entretanto, do ponto de vista concreto e objetivo, houve um ativista do sionismo que merece ser recordado e compreendido como o sustentáculo teórico do presente Estado de Israel - Vladimir Jabotinsky. Embora a sua presença e atuação tenham sido fundamentais para a criação de Israel, durante muito tempo, tempo em que perdurou a hegemonia política de um grupo sionista oposto à algumas de suas idéias, foi esquecido. Mas, hoje, saber quem foi e o que pensou Jabotinsky é uma das básicas condições para se compreender a política e a função de Israel na geopolítica do imperialismo. O presente artigo é a transcrição de um trecho de uma matéria do conhecido jornalista argentino, Roberto Bardini.

VLADIMIR JABOTINSKY E O FASCISMO JUDEU

Vladimir Jabotinsky foi um dos líderes sionistas mais brilhantes e fanáticos da historia. Inimigo mortal do socialismo, foi o seu crítico mais feroz quando o sionismo socialdemocrata conquistou a hegemonia do sionismo mundial...

Pode-se ser judeu e fascista? Um recorrido rápido pela agitada vida do ucraniano Vladimir Jabotinsky, nascido em Odessa em 1880 e falecido em Nova Iorque em 1940, talvez responda a esta pergunta. Jornalista, escritor, orador, poliglota, soldado e dirigente político, também foi, dependendo de por onde se olhe, combatente pela pátria ou terrorista.

Influenciado pelo "O Estado Judeu", livro de Theodor Herzl publicado em 1896, Jabotinsky adotou o sionismo na sua expressão mais extremista e promovia uma sociedade de "homens obedientes até a morte". Opõs-se ao socialismo e ao movimento operário judeu na Palestina. Fundou o grupo Betar, milícias juvenis que vestiam camisas pardas, como os membros dos Comandos de Assalto nazistas (Sturm Abteilungen ou SA), e são organizadas ao estilo dos "squadristi" fascistas.
Menahem Begin e Itschak Shamir, que chegariam a ser primeiros ministros de Israel, foram na juventude seguidores de Jabotinsky. Il Duce Benito Mussolini o considerava um dos seus e o chamava de "cidadão fascista". O trabalhista David Ben Gurion, fundador do Estado Judeu em 1948, o comparou com o Führer e o apelidou de "Vladimir Hitler".

UMA IDÉIA FIXA

Conhecido como "Zeev", Vladimir Jabotinsky falava fluentemente russo, francês, inglês e alemão. A última língua que aprendeu foi o hebraico, logo traduzindo "A Divina Comédia", de Dante Alighieri. Quando em 1914 estourou a Primeira Guerra Mundial, criou uma Legião Judaica a serviço dos aliados. Pretendia liberar a Palestina do domínio turco-otomano e, depois, conseguir um lugar nas negociações de paz, com direito a exigir o estabelecimento de um Estado judeu.

Ao finalizar a guerra, em 1918, Jabotinsky se estabeleceu com sua esposa e filhos na Palestina, já então sob controle da Inglaterra. Em 1920, o descontentamento árabe pelos festejos de Pessach - uma das datas sagradas judias na qual se comemora a saída dos hebreus do Egito - derivou em violentos protestos de rua. Jabotinsky organizou uma represália contra os nativos, e não lhe tremeu a mão na hora de apertar o gatilho. Os britânicos o prenderam e julgaram por posse ilegal de armas. Sentenciado a quinze anos de prisão, foi posto em liberdade alguns meses mais tarde.

Quando, em 1923, os ingleses adjudicaram terras na Transjordânia aos palestinos, Jabotinsky propõs uma "revisão" das relações entre o movimento sionista e o Reino Unido. Os objetivos - tão agressivos como quase todas as decisões que tomou em sua vida e as ações que promoveu - incluíam a restauração da Legião Judaica e a chegada massiva de até 40 mil judeus por ano à Palestina.

Em 1925, Jabotinsky anunciou o estabelecimento da Aliança de Sionistas Revisionistas, com escritórios em Paris, e a criação do Betar, movimento juvenil nacional-sionista. Passa os anos seguintes dando conferências e colaborando em dezenas de publicações para promover mundialmente a sua causa. Predica que a atividade econômica do sionismo deveria se concentrar na economia privada, para financiar a imigração massiva para a Palestina. Retorna a Jerusalém em 1928, onde se torna gerente de uma companhia de seguros e edita um jornal.

Em 1930, enquanto se encontra viajando, as autoridades inglesas lhe proibiram o retorno à Palestina. Desde então, e até a sua morte, Jabotinsky fomentou o nacional-sionismo em vários países.

O "CIDADÃO FASCISTA"

Jabotinsky não teve pudor em estabelecer contatos com mandatários anti-semitas, como o marechal polonês Jozef Pilsudski, um ex-socialista anti-bolchevique que em 1926 deu um golpe de Estado na Polônia e instaurou um regime próximo ao nacional-socialismo. Mas o seu inspirador supremo foi Benito Mussolini. Admirava o fascismo e aspirava copiá-lo na Palestina. "Que queremos nós? Queremos um império judeu, igual como a Itália!", declarou.

Quando o Duce assumiu em 1922, Jabotinsky lhe fez chegar uma mensagem por um enviado especial. Dois anos depois, um representante oficial do Partido Fascista Italiano visitou a Palestina para estabelecer relações com os seguidores do dirigente judeu.

A agência de notícias fascista, Avanti Moderno, aplaudiu a celebração do Congresso dos Sionistas Revisionistas em 1935, pelo apoio que este movimento brindou à Itália durante a campanha na Etiópia. Nesse ano, Mussolini comentou ao Rabino de Roma: "As condições necessárias para o êxito do movimento sionista são possuir um Estado judeu, com uma bandeira judia e língua judia. Há uma pessoa que conhece isto muito bem e é o cidadão fascista Jabotinsky".

O certo é que a perseguição de judeus não figura entre as prioridades de Mussolini. O Duce teve várias amantes, entre elas duas judias: Angelica Balabanov e Margherita Sarafatti. A primeira, quando militou no socialismo; a segunda, logo após assumir o poder. Além disso, cinco judeus - entre eles César Sarafatti, irmão de Margherita - participaram na fundação dos "Fasci de Combattimento" em 1919.

Mussolini, um ex-socialista que recebeu de seu pai o nome de Benito em homenagem ao político liberal mexicano Benito Juárez (1806-1872), só assinou leis anti-semitas em 1938. Então já estava há treze anos no poder, e a Itália começava a transformar-se num Estado satélite da Alemanha. Até esse momento, a comunidade judaica italiana conviveu tranqüilamente com o fascismo.

O escritor Daniel Muchnik garante que o fato de que um judeu possa ser fascista é tão compreensível como que possa ser um gangster. E descreve Jabotinsky da seguinte forma:

"Foi um dos líderes sionistas mais brilhantes e fanáticos da historia. Ninguém lhe foi indiferente: todos o amaram ou o odiaram. Inimigo mortal do socialismo, foi o seu crítico mais feroz quando o sionismo socialista conquistou a hegemonia do sionismo mundial (...) Por volta de 1930, o partido de Jabotinsky, chamado revisionista, começou a assemelhar-se muito aos movimentos fascistas da Europa, e Ben Gurion chegou a chamar seu líder de 'Vladimir Hitler'. O ideal de Jabotinsky, tal como ele mesmo o descreveu, era o de uma sociedade monolítica, de homens todos iguais e todos obedientes até a morte, capazes de atuar em uníssono" (Mundo Judío, Lumen/Mairena, Buenos Aires, 1984).

"ATIRE E DEIXE DE CONVERSA FIADA"

Em 1934, "Zeev" firmou um pacto com David Ben Gurion, líder do sionismo trabalhista, secretário geral da poderosa Federação de Trabalhadores e porta-voz inconteste da principal tendência sionista em Palestina. Mas o acordo, que procurava diminuir as tensões entre as duas tendências, fracassou. Nacional-sionistas e sionistas trabalhistas continuaram como ferrenhos adversários políticos durante décadas. A divisão se ampliou mais com o assassinato, numa praia de Tel Aviv, de Chaim Arlozoroff, jovem e proeminente líder sionista moderado, que foi atribuído a seguidores de Jabotinsky.

Quando em 1936 uma comissão britânica recomendou a partilha da Palestina entre um Estado árabe e outro judeu, Jabotinsky rejeitou a proposta e ordenou incrementar os ataques contra os ingleses e os nativos árabes. No ano seguinte se transformou no comandante do "Irgun", grupo paramilitar clandestino dos revisionistas. "Maldita é toda a guerra, mas se não quiseres matar um inocente, morrerás. E se não queres morrer, atira e deixa de conversa fiada", escreveu em julho de 1939.

Benoît Ducarme anotou em "Israel, Likud e o sonho sionista":

"A primeira etapa da evolução do 'revisionismo' sionista é a da constituição da Nova Organização Sionista, fundada em 1935, de cujo seio surgiram dois grupos armados que, substancialmente, não diferiam politicamente em muito: o Irgun e o Grupo Stern. A diferença estava na forma de combater a presença britânica na Palestina (...) Era necessário acabar com os britânicos ou dialogar com eles?

A direção do Irgun, sob o comando de [Menachem] Beguin, era partidária de uma revolta imediata contra os britânicos (...) A cúpula do grupo Stern pretendia provocar a revolta inclusive antes de concluído o conflito mundial. De fato, dita organização fez propostas a Mussolini no final dos anos trinta. Segundo os planos que se discutiram, os nacional-sionistas deveriam aliar-se com a Itália para acabar com os ingleses na Palestina, fundar um Estado hebreu de caráter corporativo satélite do Eixo, e colocar os lugares santos de Jerusalém à disposição do Vaticano. Estas propostas não puderam se concretizar, assim como o oferecimento feito a Hitler de recrutar 40 mil soldados judeus procedentes da Europa Oriental para enfrentar os britânicos na Palestina."

QUATRO DÓLARES E UM CACHIMBO

No dia 4 de agosto de 1940, durante uma visita a um campo de treinamento juvenil de Betar nos arredores de Nova Iorque, Jabotinsky morreu de um infarto. Faltava pouco para festejar os seus 60 anos, dos quais os dez últimos tinha permanecido fora da Palestina. Seus partidários contam que seus únicos bens pessoais eram um cachimbo e quatro dólares.

Cinco anos antes, o líder nacional-sionista tinha redigido o seu testamento. Nele solicitava que o seu cadáver fosse trasladado a Israel "apenas por ordem do governo judeu que será estabelecido". Em 1965, seus restos foram levados e sepultados no Monte Herzl, em Jerusalém. Em 1977, os herdeiros políticos de Vladimir "Zeev" Jabotinsky chegaram ao poder em Israel com Menachem Begin e uma aliança de partidos "revisionistas" chamada Likud. Em "Mundo Judío", Daniel Muchnik afirmou que Begin seguramente passará à historia como "o primeiro chefe de governo judeu e fascista".

Para nos contextualizarmos, convém recordar o Ha'vara - Acordo de Transferência - feito entre os sionistas e os Nazis em 1933 e que permitia aos Judeus ricos estabelecerem-se na Palestina. Isto dava também imenso jeito aos Ingleses que assim viam a valorização de uma possessão sua sem gastarem um tostão com isso. Sabe-se que entra 15 a 20 mil Judeus europeus invadiram a Palestina sob estas condições. De resto, é revelador o crescimento industrial e económico da região em plena depressão dos anos 30 e, mais ainda, as toneladas de produtos Alemães que existiam no mercado da região (importadas e/ou levadas pelos Judeus), o que contrariava as orientações de boicote aos Alemães por parte dos Judeus de todo o Mundo.
Ora isto criaria um clima de crispação entre os Sionistas de todo o Mundo e levou a que um animal chamado Avraham Stern ganhasse protagonismo entre essa gente. Stern era um radical pró-fascista, anti-Britânico e anti-Árabe, que advogava o estabelecimento de um "Estado Judaico" na região da Palestina, livre de árabes e de muçulmanos. Ora exactamente aquilo que hoje "existe".
Avraham Stern fundou o Lehi (originalmente Irgun Tsvai Leumi B'Yisrael), que era um grupo terrorista especializado em atacar Ingleses e Árabes. Deste Lehi faria parte Yitzhak Shamir, "primeiro-ministro" do Estado-paria nazi-sionista nos anos 80 e 90 e que era dirigente do grupo aquando dos contacots deste com os nazis. Aquele grupo seria ainda o responsável (juntamente com o Irgun) de vários massacres no processo de limpeza étnica da Palestina (que daria origem à Nakba) e um dos embriões da futura Wehrmacht nazi-sionista.
Ora bem, e o que defendia Stern e o seu Lehi: a entrada na II Guerra ao lado dos Alemães, tal como ele disse à Abwehr e a diplomatas Nazis nessa altura. Vejamos a carta:

A evacuação das massas judaicas da Europa é uma condição prévia para resolver o problema judaico. Mas isto só pode ser realizado e levado a cabo através do estabelecimento dessas massas na pátria do povo judaico, a Palestina, e através da fundação de um Estado judaico nas suas fronteiras históricas. [...] O Irgun Tsvai Leumi B'Yisrael, que não ignora a boa vontade demonstrada pelo governo do Reich alemão e pelas suas autoridades para com a actividade sionista no interior da Alemanha e para com os planos de emigração sionistas, considera que:

1) Poderão existir interesses comuns entre o estabelecimento de uma Nova Ordem na Europa, em conformidade com as concepções germânicas, e as verdadeiras aspirações nacionais do povo judaico, tal como elas são encarnadas pelo Irgun Tsvai Leumi B'Yisrael.

2) Poderá ser possível a cooperação entre a nova Alemanha e um renovado judaísmo racial e nacional,

e 3) A manutenção e o reforço de uma futura posição de poder germânica no Próximo-Oriente serão favorecidos pela fundação numa base nacional e totalitária do Estado judaico histórico, ligado por um tratado ao Reich alemão.

Partindo destas considerações, e com a condição de as referidas aspirações nacionais do movimento pela liberdade de Israel serem reconhecidas pelo Reich alemão, o Irgun Tsvai Leumi B'Yisrael propõe-se tomar uma parte activa na guerra do lado germânico. Esta proposta do Irgun Tsvai Leumi B'Yisrael, que inclui a actividade nas esferas militar, política e de espionagem, tanto na Palestina como, consoante os nossos preparativos, fora da Palestina, deverá estar relacionada com o treino militar e a organização dos recursos humanos judaicos na Europa, sob a direcção e o comando do Irgun Tsvai Leumi B'Yisrael. Essas unidades militares deverão participar na luta pela conquista da Palestina, se for decidida a abertura desta frente de combate [...] Tanto na sua ideologia como na sua estrutura, o Irgun Tsvai Leumi B'Yisrael está muito próxima dos movimentos totalitários europeus. A capacidade de combate do Irgun Tsvai Leumi B'Yisrael jamais poderá ser paralisada ou seriamente comprometida quer por medidas defensivas tomadas pela administração inglesa e pelos árabes quer por medidas tomadas pelos socialistas judaicos

Resta dizer que o seguimento de tudo isto foi a "fundação" criminosa e ilegítima do pseudo-Estado dito "de Israel" em 1948, a limpeza étnica e o actual regime nazi-sionista de Tel-Aviv. E que a linha directa de Stern e do Lehi vai em direcção ao Likud e a toda a direita nazi-sionista.

Avraham Stern é quase um herói "nacional" no Estado-pária nazi-sionista e existe uma galão para condecoração militar na Wehrmacht nazi-sionista em honra deste grupo.

Além de toda a história, os métodos utilizados pelo pseudo-Estado dito "de Israel" são tal e qual os utilizados pelos seus mentores Alemães na década de 40.

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