Documentos inéditos reconstituem os passos de Josef Mengele na América do Sul e mostram como ele usou a identidade real na Argentina, no Uruguai e no Paraguai. Como exigia a lei no Uruguai, em 1958, um singelo proclama de casamento foi publicado no jornal do povoado de Nova Helvécia, a 120 Km de Montevidéu. O oficial Pedro Izacelaya anunciou o nome dos noivos e recomendava: quem soubesse de algum impedimento contra a união deveria denunciá-lo durante os oito dias de divulgação do registro, a contar de 17 de Julho. Casariam-se Marta Maria Will e Josef Mengele. Ela viúva e dona de casa. Ele divorciado, médico, nazista e torturador sádico, responsável direto pela morte de ao menos 3 mil pessoas em experimentos bizarros no campo de extermínio de Auschwitz. Ninguém apresentou obstáculos. E Mengele retomou a rotina tranqüila de empresário bem sucedido em Buenos Aires. Até que a Alemanha pedisse a sua extradição em 1959, o homem que mereceu ser chamad