Relatório Analítico sobre o Megalitismo e as Tecnologias Perdidas
I. Introdução
O texto em análise concentra-se no dilema central da arqueologia megalítica: a movimentação e o assentamento de monólitos colossais em sítios como Baalbek (Líbano), Tiahuanaco (Bolívia), Gizé (Egito) e outros. A premissa subjacente é que a escala e o peso dessas estruturas (atingindo 1.200 toneladas, como o Obelisco Inacabado de Assuã, e os 1.000 a 1.100 toneladas dos Trilitons de Baalbek) desafiam as explicações convencionais baseadas em rolos de madeira e mão de obra humana simples, sugerindo a existência de uma tecnologia avançada ou um conhecimento perdido.
Este relatório visa analisar as evidências apresentadas, criticar as três hipóteses levantadas pelo texto e fornecer referências bibliográficas e pesquisas que corroboram a teoria da intervenção de uma tecnologia superior ou exógena, conforme solicitado.
II. A Evidência Megalítica e a Discrepância de Peso
O cerne do argumento reside na comparação direta entre a capacidade moderna de engenharia e a escala das construções antigas. O texto cataloga pesos impressionantes:
* Baalbek, Líbano: Os Trilitons pesam aproximadamente 1.100 toneladas cada, e a "Pedra da Mulher Grávida" (Hajar-el-Hibla), na pedreira, tem peso similar, superando a capacidade da maioria dos equipamentos de elevação contemporâneos.
* Gizé, Egito: Blocos de até 200 toneladas; caixões mumificados em Zoser pesando 80 toneladas.
* Tiahuanaco/Puma Punku, Bolívia: Monólitos de até 400 toneladas, transportados por 10 quilômetros.
* Stonehenge, Inglaterra: Monólitos de Sarsen de até 30 toneladas, movidos por 32 km.
A crítica do autor à hipótese dos rolos de madeira é contundente. A comparação entre a resistência de uma viga de aço (100 toneladas) e uma de madeira (10 toneladas) demonstra a inviabilidade logística e o risco de deformação ou lascamento dos rolos sob cargas de centenas de toneladas, um ponto que a arqueologia convencional muitas vezes minimiza ou simplifica. A ausência de evidências de rolos de madeira em sítios como o Egito reforça a dúvida levantada.
A conclusão do texto é que, se os ancestrais optaram por construir com monólitos de quilotoneladas, deve ter sido "fácil para eles assim fazerem," implicando uma tecnologia que eliminava a dificuldade do peso.
III. As Três Hipóteses para a Construção
O texto apresenta e discute três possibilidades não convencionais para a manipulação dos megalitos:
1. Tecnologia Perdida Terrestre
Esta hipótese postula que existiu uma civilização avançada no passado, com ligas de metal resistentes e máquinas hidráulicas, comparável ou superior à nossa. O texto rejeita esta ideia com base na falta de vestígios materiais duradouros (como ligas de metal ou cerâmica) e na improbabilidade de uma "conspiração mundial" para se desfazer de todas as ferramentas e "esquecer" tal tecnologia.
2. Controle Gravitacional / Psi (Levitação)
Esta possibilidade recorre a lendas e mitos para explicar a ausência de métodos físicos. As referências incluem:
* A lenda de Imhotep no Egito, que usava "palavras poderosas" para erguer pirâmides.
* A crença em Uxmal (México) de que os blocos se moviam "ao som de um assovio."
* O relato em Tiahuanaco de blocos sendo "carregados pelo ar ao som de um trompete."
O autor, embora a reconheça, coloca esta hipótese no reino do "sobrenatural" e a retira da discussão baseada na tecnologia material. No entanto, para autores não convencionais, estas lendas servem como pistas metafóricas para uma forma de energia ou controle da matéria hoje desconhecida.
3. Aeronaves e Cabos (Tecnologia Avançada Exógena)
Esta é a hipótese favorita do autor, pois sugere uma solução tecnológica semelhante à moderna, mas aplicada no passado. A ligação de Baalbek ao Rei Salomão fornece uma "pista" para essa tecnologia:
* As referências bíblicas (I Reis IX; 17-19) a Salomão construindo Baalath (Baalbek).
* A menção do Kebra Negast de que Salomão possuía um "veículo voador" (carruagem).
* A lenda do "Kurst Suleiman" (Jerusalém) onde Salomão observava os Jann e Genii (entidades ou trabalhadores altamente capazes, possivelmente uma metáfora para uma tecnologia ou raça exógena) trabalhando em seus monumentos (incluindo Baalbek).
Essa convergência de dados aponta diretamente para a teoria da intervenção de uma raça ou civilização detentora de tecnologia avançada — a chamada Hipótese dos Astronautas Antigos ou uma civilização global pré-diluviana perdida, capaz de mover cargas de quilotoneladas com "facilidade."
IV. Pesquisas e Bibliografia de Corroboração
As teorias apresentadas pelo texto — que a construção megalítica de peso extremo não pode ser explicada por métodos convencionais e, portanto, exige uma explicação de tecnologia avançada — são o pilar da Arqueologia Não Convencional.
Autores e Corroboração
| Autor | Obra Principal / Teoria | Corroboração |
|---|---|---|
| Zecharia Sitchin | Crônicas da Terra (mencionado no texto) | Defende a tese de que Baalbek foi uma plataforma de pouso de aeronaves. Suas obras descrevem o transporte de blocos massivos como o resultado de tecnologia de seres extraterrestres (os Anunnaki). |
| Graham Hancock | Fingerprints of the Gods; Underworld (mencionado no texto) | Argumenta que uma civilização globalmente avançada existiu há cerca de 12.000 anos, antes do Dilúvio, e que os sítios megalíticos são evidências dos seus remanescentes tecnológicos e astronômicos. Ele foca na complexidade e precisão de locais como Gizé e Tiahuanaco/Puma Punku. |
| Erich von Däniken | Eram os Deuses Astronautas? | O principal proponente da Hipótese dos Astronautas Antigos, ele interpreta as lendas sobre "Genii" ou "deuses" que voavam e moviam pedras (como as lendas de Tiahuanaco) como evidência de contato extraterrestre no passado. |
| Christopher Dunn | The Giza Power Plant | Embora não postule alienígenas, Dunn argumenta que os cortes de precisão e a engenharia da Grande Pirâmide são muito mais avançados do que a arqueologia egípcia clássica admite, sugerindo o uso de usinagem (machining) avançada e não apenas ferramentas de cobre e pedra. |
| Robert Temple | The Sirius Mystery | Embora focado em temas astronômicos, Temple apoia a ideia de que o conhecimento avançado de certas culturas antigas (como os Dogon) só pode ser explicado por uma fonte de informação externa ou perdida. |
Pesquisa de Apoio
A principal área de pesquisa que corrobora a tese do texto centra-se nas anomalias de engenharia de Puma Punku (próximo a Tiahuanaco, Bolívia). As "H-blocks" e os encaixes com chanfros em ângulos precisos não apenas exigiam o movimento de blocos de 100 a 400 toneladas, mas também a lapidação da pedra em níveis de precisão que rivalizam com a usinagem moderna. Estes achados são frequentemente citados como evidências de uma tecnologia de corte e encaixe muito superior àquela atribuída aos povos andinos do período em questão.
O sítio de Baalbek, com sua plataforma Triliton, permanece uma anomalia logística. Mesmo que métodos convencionais de arraste e rampa pudessem ser hipotetizados para as pirâmides (com blocos de 'apenas' 200 toneladas), o peso dos Trilitons (1.100 toneladas) excede em cinco a seis vezes essa capacidade, exigindo, de fato, uma reavaliação radical dos métodos disponíveis.
V. Conclusão
O texto levanta um desafio legítimo e não totalmente resolvido à arqueologia tradicional: a mecânica de engenharia por trás dos maiores monólitos do mundo. Ao descartar os rolos de madeira como logísticamente impossíveis para cargas de quilotoneladas, o autor aponta para a necessidade de soluções avançadas, seja uma tecnologia terrestre esquecida ou uma intervenção exógena (aeronaves/Jann).
Embora a ciência mainstream continue a buscar explicações dentro das limitações de tempo e recursos das civilizações conhecidas (por exemplo, uso massivo de mão de obra, rampas e trenós), a Arqueologia Não Convencional, corroborada pelas obras de Sitchin, Hancock e Von Däniken, interpreta os megalitos como evidências de uma "idade de ouro" tecnológica perdida ou de um contato interplanetário no passado remoto. O enigma de Baalbek, Tiahuanaco e Gizé não é apenas o que foi construído, mas como — e essa resposta continua a provocar um debate acalorado entre a ciência estabelecida e as teorias alternativas.
VI. Referências Bibliográficas
* Alouf, Michel. (1999). History of Baalbek.
* Childress, David H. (2000). Technology of the Gods: The Incredible Sciences of the Ancients. Adventures Unlimited Press.
* Cornfeld, Gaalya. (1972). Adam to Daniel: An Illustrated Guide to the Old Testament and Its Background. Macmillan Publishing Company.
* Däniken, Erich von. (1968). Erinnerungen an die Zukunft (Eram os Deuses Astronautas?).
* Green, Roger J. (1967). The Imhotep Text.
* Hancock, Graham. (1995). Fingerprints of the Gods: The Evidence of Earth's Lost Civilization. Crown Publishers.
* Sitchin, Zecharia. (1990). Genesis Revisited: Is
Modern Science Catching Up With Ancient Knowledge?.






Comentários
Postar um comentário
COMENTE AQUI