As Denúncias de Mark McCandlish e a Suspeita de Acobertamento pelo Complexo Industrial-Militar dos EUA
1. Introdução e Contexto das Alegações
Mark McCandlish (1956-2021) foi um ilustrador e artista conceitual com uma carreira notável na indústria aeroespacial e de defesa. Suas denúncias ganharam notoriedade no círculo ufológico e de teorias de tecnologia avançada, não apenas pela natureza de suas alegações, mas também pelo clima de medo e suspeita de intimidação que as cercava.
A denúncia central de McCandlish é a existência e a engenharia reversa de uma aeronave de propulsão antigravitacional, apelidada de ARV (Alien Reproduction Vehicle) ou "Flux Liner". Sua história é frequentemente citada como uma das evidências mais detalhadas, ainda que não verificáveis, de posse de tecnologia não terrestre pelo governo dos EUA.
2. Quem Foi Mark McCandlish?
McCandlish trabalhou como ilustrador e artista gráfico para diversas grandes empresas e projetos militares, o que lhe conferiu familiaridade com o ambiente de segurança e os procedimentos de comunicação da indústria de defesa. Ele colaborou em projetos para empresas como General Dynamics, McDonnell Douglas e Honeywell, atuando na criação de manuais técnicos e representações conceituais de hardware militar avançado.
Essa experiência profissional é fundamental, pois, para seus defensores, ela empresta credibilidade ao seu relato. Seus críticos, no entanto, argumentam que seu trabalho como artista conceitual poderia, paradoxalmente, tê-lo tornado suscetível a fundir fatos e ficção em ambientes de alta segurança.
3. A Denúncia Central: O "Tech Briefing" e o ARV (Flux Liner)
O ponto crucial das alegações de McCandlish remonta a um evento que ele afirma ter ocorrido em 1988, na Base Aérea de Norton, Califórnia.
O Evento de 1988
McCandlish alega ter sido convidado por um colega (um militar não identificado) a participar de um evento que estava ocorrendo em um hangar de manutenção. Seu relato não é de ter visto a aeronave real, mas de ter visto os esboços e desenhos de engenharia altamente detalhados de um veículo secreto durante um "briefing técnico" exclusivo.
A Visão do ARV: Ele descreve ter visto uma aeronave em forma de disco, de aproximadamente 24 metros de diâmetro, referida como ARV (Veículo de Reprodução Alienígena) ou "Flux Liner".
Detalhes Técnicos: Os desenhos mostravam um complexo sistema de propulsão baseado em um campo magnético rotativo e supercondutor (eletrogravítica ou eletromagnética), que permitiria ao veículo manipular o espaço-tempo ou a gravidade para se mover. McCandlish alega que a tecnologia era de origem não terrestre, recuperada e submetida a engenharia reversa.
O Material de Apoio: Segundo McCandlish, o briefing incluía representações que mostravam os mecanismos internos, a fonte de energia (possivelmente um reator atômico pequeno ou um dispositivo de fusão a frio) e até mesmo a disposição dos assentos na cabine de pilotagem.
McCandlish passou a recriar essas imagens de memória, produzindo ilustrações detalhadas do "Flux Liner" que se tornaram icônicas no meio ufológico.
4. A Suspeita de Queima de Arquivo
A suspeita de "queima de arquivo" (no contexto de eliminação de testemunhas ou fontes) é uma parte inseparável da narrativa de McCandlish e reside na natureza dos eventos que se seguiram às suas denúncias públicas.
O Caso do Colega e as Mortes Suspeitas
McCandlish frequentemente expressava o temor de que ele ou seus associados fossem alvo do complexo militar-industrial (CMI) devido ao vazamento de informações classificadas. O principal ponto de suspeita de acobertamento envolve o seu colega (ou fonte) que o levou ao briefing da Base de Norton.
Intimidação: McCandlish alegou ter sido submetido a vigilância, ameaças veladas e táticas de intimidação psicológica após começar a falar publicamente sobre o ARV.
O Falecimento da Fonte: A "queima de arquivo" é geralmente associada ao falecimento de pessoas que poderiam corroborar seu testemunho ou que tinham acesso a informações sensíveis. Embora os detalhes variem nas diversas fontes, a suspeita central é que as mortes foram disfarçadas como suicídios, acidentes, ou causadas por doenças súbitas, mas na realidade foram orquestradas para proteger o sigilo do projeto ARV.
A Tese do CMI: Para os defensores de McCandlish, esses falecimentos seriam a prova da existência de um grupo de elite dentro do Complexo Industrial-Militar com poder e recursos para silenciar permanentemente qualquer indivíduo que ameaçasse a segurança da tecnologia de ponta.
A alegação é que a posse de uma tecnologia tão revolucionária (que tornaria obsoleta toda a infraestrutura energética e de defesa baseada em combustíveis fósseis) é o maior segredo do mundo, justificando o uso de força letal para manter o sigilo e, consequentemente, o poder e o lucro de certas indústrias.
5. Análise e Perspectivas
As alegações de McCandlish, embora detalhadas, permanecem altamente controversas e carecem de prova material independente, o que as coloca no centro do debate sobre tecnologia e acobertamento.

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