A Consciência Humana é quântica e o corpo material é uma máquina biológica, receptor, receptáculo, invólucro.




O Senhor dá á cada entidade viva a oportunidade de desfrutar de vários desejos em corpos adequados, que não passam de máquinas( yantrarudhani mayaya) Essas maquinas são construídas por intermédio dos ingredientes materiais fornecidos pela energia externa, e, assim, a entidade viva desfruta ou sofre de acordo com seus desejos. Quem propicia esta oportunidade é a superalma. A Divindade Suprema esta sempre desperta. No estado condicionado esquecemos as coisas porque mudamos de corpos, porém como não muda de corpo, a suprema personalidade de Deus lembra-se do passado, do presente e conhece o futuro.





 Consciência Quântica: Uma Ponte Entre a Ciência e a Espiritualidade

A compreensão da consciência humana tem sido um desafio persistente tanto para a ciência quanto para a filosofia. Nos últimos anos, um grupo de cientistas tem proposto uma perspectiva revolucionária: a ideia de que a consciência reside em um campo quântico, operando em um nível de existência fundamentalmente diferente do corpo físico. Essa visão, que sugere que o corpo é meramente um "veículo" para a interação no mundo material, ecoa conceitos encontrados em religiões antigas, como os Vedas, que há milênios exploram a natureza não-material da existência.

Cientistas e a Consciência Quântica

Entre os defensores proeminentes da teoria da consciência quântica, destacam-se nomes como o físico Roger Penrose e o anestesiologista Stuart Hameroff. Juntos, eles desenvolveram a hipótese da Orquestração Objetiva Reduzida (Orch OR). Segundo essa teoria, a consciência emerge de processos quânticos que ocorrem dentro dos microtúbulos dos neurônios cerebrais. Penrose, um renomado matemático e físico, argumenta que a computação clássica não consegue explicar a complexidade e a natureza não-algorítmica da consciência, sugerindo a necessidade de um processo quântico para compreendê-la. Hameroff, por sua vez, traz a perspectiva biológica, apontando para a estrutura e função dos microtúbulos como locais potenciais para esses fenômenos quânticos.

Outros cientistas, embora não diretamente associados à Orch OR, exploram a interconexão entre a consciência e o universo quântico. O físico quântico Henry Stapp, por exemplo, tem investigado como a mecânica quântica pode oferecer uma estrutura para entender a relação entre a mente e o cérebro, propondo que a consciência desempenha um papel ativo na "colapso da função de onda" – o processo pelo qual um sistema quântico passa de um estado de múltiplas possibilidades para um único resultado definido. Essas abordagens, embora diversas, convergem na ideia de que a consciência não é meramente um subproduto da atividade cerebral, mas sim um fenômeno mais fundamental, enraizado na própria tessitura da realidade quântica.

Consciência Quântica e as Teorias das Religiões Antigas: Os Vedas

A comparação entre as teorias da física quântica sobre a consciência e as religiões antigas, em particular os Vedas, revela paralelos notáveis. Os Vedas, uma vasta coleção de textos sagrados originários da Índia antiga, postulam que a realidade não se limita ao mundo material. Eles descrevem a existência de uma realidade mais elevada, Brahman, que é a essência de tudo, incluindo a consciência. O conceito de Atman, a alma individual, é equiparado a Brahman, sugerindo que a consciência individual é uma chispa da consciência universal.

Nos Vedas, o corpo é frequentemente descrito como um invólucro ou uma ferramenta para a alma interagir com o mundo fenomênico (Maya, a ilusão do mundo material). A meta espiritual nos Vedas é transcender a identificação com o corpo e a mente, para realizar a verdadeira natureza do Atman como parte do Brahman. Essa jornada busca libertar-se do ciclo de nascimentos e mortes (samsara) e alcançar a liberação (moksha), que é a união com a consciência cósmica.

As semelhanças com a visão quântica da consciência são impressionantes:

 * Dualidade Corpo-Consciência: Tanto a física quântica, ao propor que a consciência não se limita ao cérebro, quanto os Vedas, ao descrever o corpo como um veículo para a alma, sugerem uma separação fundamental entre o aspecto material e o não-material do ser.

 * Consciência Fundamental: A ideia de que a consciência é uma propriedade fundamental do universo, inerente à realidade quântica, ressoa com o conceito védico de Brahman como a consciência universal e primordial.

 * Interconexão e Unidade: A física quântica, com seus fenômenos de emaranhamento e não-localidade, sugere uma interconexão intrínseca entre todas as coisas, um conceito que encontra eco profundo na visão védica da unidade de toda a existência em Brahman.

 * Além do Material: Ambas as perspectivas apontam para uma realidade que transcende o puramente físico, onde a consciência desempenha um papel central e não redutível.

Em suma, a emergência das teorias da consciência quântica no cenário científico atual não apenas abre novas avenidas para a compreensão da mente humana, mas também estabelece uma ponte fascinante com as antigas tradições espirituais. Cientistas como Penrose e Hameroff, ao explorar as raízes quânticas da consciência, parecem estar se aproximando de insights que há milênios foram articulados por sábios védicos. Essa convergência sugere que a consciência pode, de fato, residir em um domínio que transcende a nossa percepção material, um reino onde a ciência e a espiritualidade, outrora vistas como domínios separados, começam a se entrelaçar na busca pela verdade última da existência.

Essa interseção levanta questões profundas sobre a natureza da realidade e o nosso lugar nela. Será que a física quântica está nos guiando de volta a uma compreensão mais holística da existência, que as antigas religiões já haviam intuído? A exploração contínua dessas fronteiras promete revelar segredos ainda mais profundos sobre a consciência

 e o universo.

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