CHRONOS O DEUS DO TEMPO




 Em novo livro, o físico italiano Guido Tonelli recorre à Filosofia, às mitologias e às ciências em busca de respostas para questões fundamentais como "O que é o tempo?", "Conseguiremos um dia derrotá-lo?" e "Ele existe, mesmo, ou é só ilusão?


Consideramos o tempo um conceito abstrato por sermos objetos macroscópicos, vivendo em uma espécie de 'mundo do meio', no qual o relógio parece fluir perfeitamente e igual para todos", diz Tonelli, em entrevista à BBC Brasil.

Espaço e tempo nos aparecem como um par indissociável; não um conceito abstrato, mas uma substância material", escreve o autor.


O que é o tempo?", "Conseguiremos um dia derrotá-lo?", "Ele existe, mesmo, ou é só ilusão?".


"O tempo é uma substância, um elemento material", afirma o cientista.


No nosso dia a dia, não vemos o espaço-tempo oscilando. Mas a verdade é que o tempo flui diferente, em distintas regiões do Universo, pois ele depende do local, em particular da quantidade de massa ao redor."


Tonelli é adepto de alegorias. No livro, ele imagina físicos viajando em direção a um buraco negro supermassivo.


Um deles, em uma nave a uma distância segura do fenômeno. A outra espaçonave, contudo, tem a ousadia de se aventurar, cruzando a fronteira do buraco negro, conhecida pelo termo "horizonte de eventos". Essa segunda, portanto, adentra o evento cósmico.


Em referência ao mundo exterior, enquanto se passassem alguns segundos dentro do buraco negro, poderiam se passar séculos e até milênios para quem está, por exemplo, na Terra.


"Próximo a corpos de supermassa, o tempo caminha proporcionalmente bem, bem mais devagar", explica Tonelli à BBC Brasil.


"Em teoria, apenas tecnicidades nos impedem de dobrar o tempo a nosso favor. Tenho certeza que um dia faremos isso."

Os antigos gregos viam Chronos (uma divindade que personifica "o tempo") como um titã.


O gigante devorava os próprios filhos, por medo de uma profecia de que um deles o deporia. Até que Zeus enganou o pai, que comeu uma pedra envenenada em seu lugar. Assim, Zeus matou Chronos, o tempo, e se tornou imortal.

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