O CADERNO PRETO E OS ASSUNTOS PROIBIDOS PARA A IMPRENSA
Jacques Bergier, pesquisador dos enigmas da humanidade, revelou a existência de uma lista de assuntos proibidos para a imprensa, minuciosamente relatados em um caderno preto. Segundo ele, a proibição é de alcance mundial e universal, não levando em consideração o regime político dos vários países, e todo diretor de jornal importante tem uma cópia desse caderno, seja ele de tendências comunistas ou capitalistas.
Entende-se por sociedade secreta um grupo mais ou menos numeroso de pessoas, que se caracteriza por manter reuniões estritamente limitas a seus adeptos, e também por manter o mais absoluto sigilo a respeito das cerimônias e dos rituais onde se manifestam os símbolos que esta sociedade se atribui. As finalidades das sociedades secretas são as mais variadas: políticas, religiosas, espirituais, filosóficas e até criminosas.
A pirâmide de três degraus. No primeiro degrau, de fácil acesso, encontram-se os homens considerados úteis. No segundo degrau, o acesso é mais selecionado e seus adeptos desempenham papéis importantes, influenciando no plano nacional e internacional. No cimo da pirâmide estariam as sociedades secretas superiores, que agem por trás dos bastidores. Todos os assuntos importantes da política internacional estariam nas mãos dessas sociedades.
A robotização das massas: "Os homens ficarão uns autômatos, animados artificial e momentaneamente por uma vontade infernal, e isto dará uma idéia nítida do que acontece à própria beira da dissolução final".
Hoje, o que podemos perceber é que as influências mágicas mudaram na sua forma, no seu ritual e na sua aparência, mas as técnicas de condicionamento mágico continuam existindo. Basta observarmos com que facilidade se lança uma moda. O que pode ser feito com a moda pode ser aplicado em muitos outros campos, porque o comprimento de uma saia e um slogan político, além do controle da informação, podem ser divulgados da mesma maneira, observou Robert Mercier.
Goebbels, o único ministro da propaganda nazista, sabia perfeitamente que as massas podem ser manobradas, porque prevalece a lei pela qual o comportamento de uma coletividade desorganizada é sempre caracterizado pelo nível intelectual mais baixo.
O texto sânscrito Vishnu Purana descreve que a época de Kali, ou seja, da detruição, poderá ser identificada quando "a sociedade atingir um nível em que a propriedade outorgue categoria, a riqueza for a única fonte de virtude, a paixão constituir o único laço de união ente marido e mulher, a falsidade for a matriz do sucesso na vida, o sexo o único meio de prazer, e quando os ornamentos exteriores se confundirem com a religião interior".
O domínio dos dirigentes ocultos dos grupos por eles supervisionados se faz também do uso sistemático da força psíquica dos símbolos. É fácil constatar, especialmente nas ideologias que exploram as massas, o uso e a eficácia dos símbolos, verdadeiras "armas" que ativam e despertam a energia que se encontra profundamente arraigada na psique humana, na parte que constitui o inconsciente coletivo da humanidade.
Os jovens políticos que conhecem as manobras complicadas que se passam por trás dos bastidores são muito raros, e, quando certas figuras começam a atrapalhar os planos secretos que estão sendo executados, quer tenham ou não consciência disso, são tomadas as medidas necessárias, que podem ser sumárias ou secretas, para eliminá-las. Via de regra, os atentados políticos da história se caracterizam pela presença de um assassino fanático, instrumento de um grupo poderoso e insuspeito que permanece fora de cena. Em seguida, esses fanáticos são eliminados depois do atentado (por policiais ou pelo próprio povo) ou, quando presos com vida, se há dúvidas quanto à garantia de seu silêncio, são eliminados de forma definitiva. Foi isso o que teria acontecido a Lee Oswald, o assassino de Kennedy.
Parece fantástico imaginar que existe uma Santa Aliança contra o saber, uma organização para fazer desaparecer certos segredos. Entretanto, tal hipótese não é mais fantástica do que a da grande conspiração nazista. É que, somente agora, nos percebemos até que ponto era perfeita a Ordem Negra, até que ponto seus filiados eram numerosos em todos os países do mundo, e até que ponto essa conspiração estava próxima do êxito.É por isso que não podemos rejeitar, a priori, a hipótese de uma conspiração mais antiga.O tema do livro maldito, que tem sido sistematicamente destruído ao longo da história, serviu de inspiração a muitos romancistas, H. P. Lovecraft, Sax Rohmer, Edgar Wallace. Entretanto, esse tema não é somente literário. Essa destruição sistemática existe em tal amplidão, que se pode perguntar se não é uma conspiração permanente que visa impedir o saber humano de desenvolver-se mais depressa. Coleridge estava persuadido que uma tal conspiração existira e chamava seus membros de “persons from Porlock”. Esse nome lhe recordava a visita de um personagem vindo da cidade de Porlock e que o impedia de realizar um trabalho muito importante que iniciara. Encontram-se traços dessa conspiração, tanto na história da China ou da Índia, quanto na do Ocidente. Dessa forma, pareceu-nos necessário reunir toda informação possível sobre certos livros malditos e sobre seus adversários. Alguns exemplos precisos de livros malditos antes de tudo. Em 1885, o escritor Saint-Yves d’Alveydre recebeu uma ordem, sob pena de morte, de destruir sua última obra: “Missão da Índia na Europa e Missão da Europa na Ásia. A questão dos Mahatmas e sua solução”.
Saint-Yves d’Alveydre obedeceu a essa ordem. Entretanto, um exemplar escapou da destruição e, a partir desse exemplar único, o editor Dorbon voltou a imprimir a obra, com tiragem limitada, em 1909. ora, em 1940, desde a sua entrada em França e em Paris, os alemães destruíram todos os exemplares dessa edição que puderam encontrar. É duvidoso que reste algum. Em 1897, os herdeiros do escritor Satanislas de Guaita receberam ordem, sob pena de morte, de destruir quatro manuscritos inéditos do autor que versavam sobre magia negra, assim como todo seu arquivo. A ordem foi executada e não mais existem tais manuscritos. Em 1933, os nazistas queimaram na Alemanha uma infinidade de exemplares do livro sobre os Rosa-Cruzes, “Die Rosenckreuzer, Zur Geschichte einer Reformation”. Uma edição desse livro reapareceu em 1970, mas nada prova que realmente seja conforme o original. Poderia multiplicar tais exemplos, mas podemos encontrar um número suficiente no curso desse livro. Quem são os adversários desses livros malditos? Suponhamos a existência de um grupo ao qual chamarei “ORDEM NEGRA”. A idéia dessa denominação surgiu-me quando comecei a notar, em todas as conferências pró-Planeta e anti-Planeta, um grupo de homens vestidos de preto, de aspecto sinistro, sempre o mesmo. Penso que esses homens vestidos de preto são tão antigos como a civilização: creio que se pode citar entre seus membros o escritor francês Joseph de Maistre e Nicolau II da Rússia. A meu ver, seu papel é impedir uma difusão mais rápida e mais compreensível do saber, difusão que conduziu à destruição civilizações passadas. Ao mesmo tempo que os traços dessas civilizações nos chegam, com eles nos vem, penso eu, uma tradição cujo princípio consiste na pretensão de que o saber pode ser terrivelmente perigoso. Os técnicos na conservação da magia e da alquimia juntam-se, ao que parece, a esse ponto de vista. Pode-se constatar, também, que a ciência moderna admite, hoje, que se torna por vezes muito perigosa. Michel Magat, professor no Colégio de França, declarou recentemente numa obra coletiva sobre os armamentos modernos (Flammarion): “Talvez seja necessário admitir que toda ciência é maldita”. O grande matemático francês ª Grothendieck escreveu no primeiro número do boletim Survivre, a propósito dos possíveis efeitos da ciência: “A fortiori, se evocarmos a possibilidade de desaparição da humanidade nos próximos decênios (três bilhões de homens, três bilhões de anos de evolução biológica...), isto é muito gigantesco para ser concebível, é uma abstração absolutamente nula como conteúdo emotivo, impossível de se levar a sério. Luta-se por aumento de salário, pela liberdade de expressão, contra a seleção para a universidade, contra a burguesia, o alcoolismo, a pena de morte, o câncer, o racismo – a rigor, contra a guerra do Vietnam ou contra qualquer guerra. Mas a aniquilação da vida sobre a Terra? Isto ultrapassa nosso entendimento, é um “irrealizável”. Sente-se quase vergonha de falar disso, sente-se suspeito de procurar efeitos fáceis como recurso a um tema que, no entanto, é o mais antiefeito que podemos encontrar”. E ainda: “Hoje que enfrentamos o perigo da extinção de toda a vida sobre a Terra.
FONTE:OS LIVROS MALDITOS Jacques Bergier
Texto Extraído da Revista Planeta - Sociedades Secretas
Transcrito por Krishna Bonavides
Trecho do Livro AS SOCIEDADES SECRETAS E SEU PODE NO SÉCULO XX
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