AS PRIMEIRAS LEIS E CÓDIGOS DE ÉTICA E MORAL DA NOSSA HUMANIDADE (O CÓDIGO DE HAMURABY, OS MANUS E A TORAH)

















Acredita-se que foi escrito pelo rei Hamurábi depois de um sonho onde o Deus Shamash ditou as Leis para o Rei em Aproximadamente em 1772 a.C. Foi encontrado por uma expedição francesa em 1901 na região da antiga Mesopotâmia, correspondente à cidade de Susa, no sudoeste do Irã. Os artigos do Código de Hamurabi descreviam casos que serviam como modelos a serem aplicados em questões semelhantes. Para limitar as penas, o Código anotou o princípio de Talião, sinônimo de retaliação. Por esse princípio, a pena por esse principio, a pena não seria uma vingança desmedida, mas proporcional à ofensa cometida pelo criminoso. E sendo assim "olho por olho, dente por dente".
A sociedade era dividida em três classes, que também pesavam na aplicação do código:
Awilum: Homens livres, proprietários de terras, que não dependiam do palácio e do templo;
Muskênum: Camada intermediária, funcionários públicos, que tinham certas regalias no uso de terras. Wardum: Escravos, que podiam ser comprados e vendidos até que conseguissem comprar sua liberdade. Pontos principais do código de Hamurabi: Não cumprimento de contrato.[2] lei de talião (olho por olho, dente por dente); falso testemunho; roubo e receptação; estupro; família; escravos; ajuda de fugitivos. Diferenças da Torah Algumas partes da Torah abordam aspectos mais apurados de algumas seções do código de Hamurabi que tem a ver com o direito de propriedade, e devido a isso alguns especialistas sugerem que os hebreus tenham derivado sua lei deste. No entanto, segundo a Torah, desde a época de Noé, já existiam sete preceitos (Sheva Mitzvót bnei Noach) que são transmitidos oralmente de uma geração a outra,e que posteriormente foram escritas na Torah, que por sua vez prega 613 preceitos apenas para os judeus, enquanto que os outros povos continuaram obrigados a cumprir aqueles sete preceitos. Portanto era de se esperar que alguém possa ter escrito algo que já existia de forma oral. Torah Pena de morte para roubo de templo ou propriedade estatal, ou por aceitação de bens roubados. (Seção 6) Roubo punido por compensação à vítima. (Ex. 22:1-9) Morte por ajudar um escravo a fugir ou abrigar um escravo foragido. (Seção 15, 16)
"Você não é obrigado a devolver um escravo ao seu dono se ele foge do dono dele para você." (Deut. 23:15)
Se uma casa mal-construída causa a morte de um filho do dono da casa, então o filho do construtor será condenado à morte (Seção 230)
"Pais não devem ser condenados à morte por conta dos filhos, e os filhos não devem ser condenados à morte por conta dos pais." (Deut. 24:16)



Mero exílio por incesto: "Se um senhor (homem de certa importância) teve relações com sua filha, ele deverá abandonar a cidade." (Seção 154)
Extirpação por incesto. (Lev. 18:6, 29) Distinção de classes em julgamento: Severas penas para pessoas que prejudicam outras de classe superior. Penas médias por prejuízo a membros de classe inferior. (Seção 196–;205)
Não farás acepção da pessoa pobre, nem honrarás o poderoso. (Lev. 19:15) O CÓDIGO DE MANU Segundo o código os sacerdotes ou brâmanes ocupavam uma casta superior na hierarquia social. O Código de Manu indica que, ao longo de sua vida, ele poderia passar por quatro fases diferentes, chamadas ashramas, começando na infância, quando se tornavam estudantes religiosos, passando pela vida de chefe de família, depois pela de eremita na floresta e, por fim, de renunciante, quando a pessoa vaguearia sempre, sem ter residência ou bens, esforçando-se continuamente para vivenciar a realidade absoluta ou Brahman e atingir a libertação espiritual, moksha. Neste código há uma série de ideias sobre valores, tais como: Verdade, Justiça e Respeito. Os dados processuais que versam sobre a credibilidade dos testemunhos atribuem validade diferente à palavra dos homens, conforme às castas que pertencem.
Como no exemplo: Dos meios de prova – capítulo 2: "somente homens dignos de confiança, isentos de cobiça podem ser escolhidos para testemunhas de fatos levados a juízo, sendo tal missão vedada para as castas inferiores". O artigo 49 estabelece, coerentemente, quais os indivíduos que são impedidos de testemunhar: "nenhum infeliz acabrunhado pelo pesar, nem ébrio, nenhum louco, nenhum sofrendo de fome ou sede, nenhum fatigado em excesso, nenhum que está apaixonado de amor, ou em cólera, ou um ladrão". Assim, por exemplo, o hindu que estiver tomado por amor a uma mulher não merecia credibilidade em seu depoimento. Isso também se justifica pelo fato de que, segundo o Código, o testemunho de enamorados ou tomados pelo ódio não seriam imparciais em seus julgamentos. Especificamente às mulheres, o artigo 50 da lei brâmica, quanto à testemunha feminina, estabelecia: "mulheres devem prestar testemunho para as mulheres": Dos deveres da mulher e do marido – artigo 45: "uma mulher está sob a guarda de seu pai durante a infância, sob a guarda do deu marido durante a juventude, sob a guarda de seus filhos em sua velhice; ela não deve jamais conduzir-se à sua vontade". É interessante completar que apesar do rigor moral, convencionado por ser oriundo do espírito dogmático da cultura sacerdotal, há inserção no código de disposições 'inusitadas' para os padrões ocidentais, que versam sobre a falta de descendentes. Os artigos 471 e 472, autorizavam o conúbio (ligação) da esposa com um cunhado ou com um outro parente, desde que o reprodutor a procurasse, discretamente, à noite (ou seja, a traição era permitida desde que não tivesse danos a imagem do marido e fosse feita a nível intrafamiliar, o que parece algo coerente numa época em que o individualismo não era tão acentuado e a noção de clã, tribo, nação e família era bem mais sólida e verdadeiramente endógena).


As Leis
1. A Lei de Causalidade
Certamente ouvistes falar dessa lei contida em todas as narrativas espirituais de todas as religiões da terra: a lei de causa e efeito ou então aquela do provérbio colhemos o que semeamos ou ainda para os materialistas e os ateus quem semeia ventos colhe tempestades. Se semearmos a destruição, colheremos cólera e ódio. Se semearmos trigo, colheremos 100% desse trigo e não cevada. O cuidado e a atenção prestada para com a semeadura demonstrar-se-ão na qualidade da colheita, seja qual for a semente.

Voltemos para a parte mais importante, no meu parecer, do nosso assunto. É de capital importância saber-se que o cosmos assim como nosso inconsciente são absolutamente sem preconceitos (nada é bom ou mau, positivo ou negativo, belo ou feio, de valor ou sem valor...). Essas designações somente são válidas para nós mesmos. O que é belo ou positivo para alguns não o é obrigatoriamente para outros. Citemos, por exemplo, os agricultores que, em nossa sociedade, pertencem ao nível mais baixo da escala social.

Poucos dizem, muitos pensam.

Já paramos para pensar de onde obteríamos nossa subsistência, se só existissem os burocratas em nossa terra e nenhum camponês? Tomemos, por exemplo, um condutor de uma Ferrari, que olha com ar de desprezo os operários que trabalham nas equipes noturnas das fábricas. São justamente eles que fabricam as Ferrari e permitem a outros conduzirem-nas! E quanto ao trabalho de limpeza, existem tantas mulheres que não querem rebaixar-se a fazer esse trabalho desagradável em suas casas e que descarregam tudo sobre “a empregada”!

Em que estado estariam nossas casas, se ninguém assumisse um mínimo de limpeza?
Quem pode dizer que aquilo com o qual alguém se regala não constitui o desgosto para outrem?

Uma planta também pode ser considerada como um medicamento para o homeopata ou herborista ou uma erva daninha para o jardineiro e que ele logo trata de arrancá-la. E as aranhas, para muitos de nós, são “horríveis”; eles as esmagam logo, mas ao mesmo tempo estes queixam-se de serem molestados por moscas...

Naturalmente estas não serão mais apanhadas pelas teias das aranhas, pois as aranhas não estarão mais ali para tecer suas teias!

Está claro que a apreciação de bom ou mau, de precioso ou sem valor é pois, a bem dizer, injustificável e é no máximo a expressão da nossa subjetividade.

Isso se torna mais evidente quando pensamos na energia. A energia é sem valor. Depende de nós para que ela se torne positiva ou negativa, isto é, que a utilizemos para fins construtivos ou destrutivos. Isto significa que aquilo que desejarmos obteremos, o que é legítimo. A criação deu-nos o livre arbítrio para que possamos experimentar a vida em toda sua plenitude. A vida não nos ordena a experimentar somente o que é agradável e belo. Somos absolutamente livres para experimentar o que desejamos.

Resta provar que continuamos a desejar o que desejamos quando o obtivermos... Pelo menos temos a livre escolha. (Merlin: “Pense bem naquilo que pedes, pois isso poderá ser-te concedido” ou Göethe:

“Ele não pode desvencilhar-se dos espíritos que ele mesmo chamou”).

Um exemplo: tendes certo pensamento, e quanto mais o mantendes na cabeça, mais o reforçais. Uma conseqüência resultará disso: seja qual for esse pensamento, ele realizar-se-á um dia em vossa vida.
Explicar-me-ei: vós sentis medo de ser, por exemplo, um dia violentado ou então que a polícia vos prenda quando estiverdes um pouco embriagado. Ou então despertais uma manhã pensando num projeto e dizeis: “Ora, ora, é claro que isso não vai dar certo!”

A energia gerada por esse pensamento é uma ordem tanto para vosso inconsciente como para o cosmos, e ela será 100% levada em conta. Podemos comparar o cosmos com um grande computador que funciona segundo leis perfeitas. Vós o programais com vossos pensamentos (input), e ele imprimirá o que está programado (output). Vosso inconsciente não sabe o que seja medo, ele não faz diferença entre o que é positivo ou negativo. Vós dais a ele uma energia, uma ordem, e ele trabalhará com aquilo que receber.

Recebereis, então, por sua vez, aquilo que receais. Vosso projeto vai malograr. Da mesma forma, se lançardes longamente e com muita intensidade um pensamento de violência, sereis violentados. Nuncadeveis dizer após um golpe: “Veja, eu sabia que isso acabaria mal!” Sim, vós o sabeis ou mais exatamente, sereis o único a sabê-lo!

Segundo o ditado: A cada um segundo a sua crença, sois os autores dos vossos pensamentos e dos vossos sentimentos e sois vós que lhes dais vida. Aquilo que pensais e sentis depende, portanto, somente de vós e se manifestará mais cedo ou mais tarde em vossa vida.

2. A Lei de Analogia (O que está embaixo é igual ao que está em cima)


Hermes Trismegistos (Hermes, o Três Vezes Grande) é o nome grego para o Deus egípcio Toth, que redigiu os “escritos herméticos” os quais contêm uma doutrina gnóstica do nascimento do mundo e da Redenção. Ele foi tido durante um tempo como o maior mago que podia permitir a outros alcançarem o inacessível acesso aos tesouros e aos recipientes (de onde provém a expressão de fechadura hermética).

Ele ensinava a lei hermética “o que está embaixo é igual ao que está em cima; e o que está em cima é como o que está embaixo, para realizar as maravilhas de uma única coisa”. Alguns conhecem a sentença: “Sobre a terra como no Céu”.

As mesmas leis regem o macrocosmo assim como também o microcosmo.
Um exemplo: o elemento de menor constituição que conhecemos na matéria física é o átomo. O átomo compõe-se principalmente de prótons, de neutrons e de elétrons. Prótons e neutrons formam juntos o núcleo do átomo.


É a velocidade incrivelmente rápida dos elétrons ao redor do núcleo que cria o envoltório.
O todo é mantido por uma força eletromagnética.

A diferença entre os átomos nasce do número de elétrons e de prótons. Existem 105 elementos fundamentais e cada um deles só existe porque ele oferece um número diferente de elétrons e de prótons.

Tomemos o núcleo de um átomo de água e ampliemos-lo para o tamanho de uma bola de gude; seu único elétron será então afastado do núcleo de mais ou menos 400 m. Isto demonstra que o átomo é constituído quase somente de um vazio e que a matéria em si é muito volátil.

Visto por esse ângulo, um bloco de chumbo é constituído quase que de intervalos ao redor dos quais giram as partículas atômicas. Todas as proporções mantidas, as distâncias entre as pequenas partículas sólidas correspondem à distância dos planetas entre si em nosso sistema solar.

Assim também os intervalos entre os astros correspondem aos intervalos entre as gamas.

Uma fotografia do núcleo do átomo (que mede um picômetro) corresponde à fotografia da terra tomada a 1 milhão de quilômetros e da Via Láctea tomada a 10 milhões de anos-luz.

O campo magnético humano girando sobre si mesmo tem exatamente o aspecto da nossa Galáxia girando sobre si mesma (Geo Wissen, edição n.o 2, 1990, Chaos und Kreativitdt mostra belíssimas fotos dos exemplos acima citados).

Assim como o leitor pode verificar, tudo é construído segundo um sistema perfeito que não é forçosamente reconhecível à primeira vista, mas que se torna evidente se o observarmos mais de perto.

A própria vida está submetida, assim como o microcosmo e o macrocosmo, a leis perfeitas. Encontramos essas leis por toda a parte em nosso sistema solar, nas células do sangue, na eletricidade e no magnetismo. E como a matéria é mantida e determinada por forças eletromagnéticas, nós, os seres humanos, que também somos matéria, estamos submetidos a essas leis, como aquelas, por exemplo, de atração e de repulsão.

Em Schicksal als Chance (O destino como chance) de Thorwald Dethlefsen, podemos ler: A lei de analogia (“o que está embaixo é igual ao que está em cima”) só tem fundamento se estivermos prontos para reconhecer o Universo como um cosmos. Essas são as leis que determinam um cosmos, não existe lugar para os acasos.

O acaso, como evento imprevisível e não conforme a lei, transformaria todo o cosmos em um caos.

Quando construirmos um computador, este representa em si um pequeno cosmos. Ele é construído segundo leis, seu funcionamento depende da aplicação dessas leis. Se soldarmos voluntariamente em suas conexões alguns transistores, condensadores ou resistências que não fazem parte do esquema de conexão concebido segundo uma lei precisa, esses elementos representativos do “acaso” transformariam todo o cosmos em caos, e o computador não funcionaria mais como deve. Acontece a mesma coisa com o nosso mundo, que cessaria de existir ao primeiro acontecimento que surgisse por acaso.


Por exemplo: quando deixamos cair uma pedra de certa altura, ela não cai por acaso, mas segundo uma lei. Se na queda, ela cair sobre a cabeça do sr. X, não é por acaso, mas é obedecendo a uma lei que a pedra irá chocar-se.

Nada é devido ao acaso.


Não vos espanta de que uma estrela não saia jamais “por acaso” de sua órbita, que uma célula sangüínea não siga na contracorrente da circulação sanguínea ou que uma flor de verão não floresça nunca, por acaso, no inverno? Já ouviste falar que um elétron tenha saído por acaso da órbita que ele descreveu ao redor do núcleo do átomo?

Toda a matéria é composta de 105 elementos fundamentais, formados, eles também, de neutrons, de prótons e de elétrons, cujos movimentos são absolutamente perfeitos e rítmicos.

Assim, por que somente o ser humano deveria ser exposto aos “acasos”, enquanto que toda a vida em nós e ao nosso redor está submetida a um ritmo regular?
O acaso não existe! Existe uma lei para cada acontecimento. Certamente, nós nem sempre reconhecemos essa lei à primeira vista. Mas isso não nos autoriza a negar sua existência. As pedras já caíam muito antes de conhecermos a lei da gravidade.

O ser humano é a cópia fiel do Universo macrocósmico.

Por isso, está escrito no alto do oráculo de Delfos: Homem, conhece-te a ti mesmo, então conhecerás Deus!

3. A Lei de Ressonância

O ser humano está submetido à lei de ressonância assim como um diapasão ou um rádio receptor.
Um receptor regulado para captar ondas curtas não pode receber ondas médias nem ondas longas. Com o ser humano, é a mesma coisa. Uma pessoa agressiva ou cheia de ódio não é receptível ao amor.

Cada um só pode perceber, de todos os aspectos da realidade, somente aqueles com os quais ele está em ressonância:

Cada um só vê o que quer ver.

Um exemplo: estais lendo um livro. Cinco anos mais tarde, tornareis a lê-lo e nele descobrireis outras coisas. Por quê? Porque evoluístes! Vosso horizonte, vossa maneira de ver mudaram. Tendes uma maneira de ver diferente agora.

Os seres humanos sentem também a aspiração de ser como as pessoas que lhes são semelhantes.
Semelhante atrai semelhante. E verificais que se estais de mau humor ou mesmo contrariado, vosso ambiente irá servir de pretexto para enervar-vos. Tomemos alguém que reclama constantemente de tudo.

Ele encontrará sempre motivo para ser contrariado.

Ao contrário, a vida une sempre pessoas amáveis a todos os que são felizes de viver e acham as outras pessoas interessantes e belas.

Ainda um exemplo: um ser humano que encontra sempre motivo para reclamar, exclamando: Aquele lá é um idiota, este aqui é um malogrado, é de desgostar-se de tudo! e que vê tudo negro; ele demonstrar-vos-á isso pelo olhar maldoso e o trejeito de sua boca.

Ninguém dirá que ele é amável ou que tem coração. Não é agradável estar em sua companhia, as pessoas recém-chegadas e sensíveis logo se esquivarão. Entretanto, ele assim mesmo encontrará pessoas que pensam como ele, que o reforçarão em suas convicções. Semelhante atrai semelhante.

Ao contrário, uma pessoa devotada que sabe ser agradável, onde quer que ela esteja, cria uma boa atmosfera em qualquer lugar que se encontre. De mais, ela sabe sorrir e partilhar do que possui. Terá ao seu redor pessoas alegres, agradáveis e será frequentemente convidada pois ela sabe dar. Semelhante atrai semelhante.

Essa frase não comporta nenhum julgamento de valor. Não é nem bem nem mal. O reclamante e o jovial recebem de volta o que eles dão. Isso poderá arrastar-los para bem longe, cada qual por um caminho diferente. A situação do reclamante, preso num círculo infernal, vai piorar; ao contrário, tudo será melhor para o jovial, que continuará a expandir-se.

A bondade que impregna seu ser e que não é fingida atrairá para eles seres que se assemelham a ele, que lhe testemunharão essa bondade que ele soube repartir. E se acontecer um dia dele perder o sorriso, seus amigos suavizarão sua dor e lhe comunicarão um pouco dessa alegria que sempre receberam dele.

Quanto àquele que reclama, seu futuro não se apresenta com bons prognósticos! O esforço de tornar sua esposa ou seu patrão responsáveis pela vida difícil que ele leva, ele nada vê a não ser a causa de seu problema que é dele e não dos outros. Ninguém o obriga a manter um mau emprego. A época da escravidão felizmente terminou. Ninguém o obriga a ficar com sua esposa, a discutir com ela, a viver um inferno. Entre os seis bilhões de seres humanos sobre nossa terra, existem chances, e ele poderá conquistar uma que o faça feliz! Mas se ele quiser viver em bom entendimento com ela, é preciso que ele compreenda a causa de seu problema e que possa agir de acordo com essa compreensão.

A partir do momento em que ele modificar-se interiormente (fizer uma reforma íntima), tudo que o rodeia modificar-se- á bem depressa. Tem-se o hábito de dizer: Tudo o que nos rodeia nos devolve nosso próprio reflexo.

Os que nos cercam oferecem-nos sempre aquilo que irradiamos. Se minto, mentirão a mim também. Se tenho medo, serei confrontado com meus medos. Se sou briguento, serei constantemente envolvido em brigas. Se sou todo amor, atrairei o amor. Se vivo de alegria, encontrarei sempre motivo para alegrar-me.

Se modifico meu modo de ver, o que me rodeia também me retornará, assim como um espelho.
Sede conscientes de que assistir diariamente a filmes de violência ou de horror (ou às atualidades) na televisão influencia fortemente nossa vida.
Durante milênios, a violência dos nossos atos e a força destruidora dos nossos pensamentos liberaram enormes energias que continuamos a alimentar e que são atraídas também pelas sugestões negativas que fazem parte de nós (os filmes de violência por exemplo, fazem parte disso). Não são os grandes atos políticos, mas sim as pequenas faltas de amor na vida diária que são importantes.

Da qualidade das nossas leituras, das nossas palavras, de nossos atos depende a qualidade da nossa vida, o que geramos, pois a lei de ressonância funciona de forma irrefutável.

Ë a isso que Umberto Eco faz alusão na passagem de seu livro que citei na introdução:
Se acredito em Satã, estou em contato com essa energia que se torna importante para mim e me encontrarei confortado em meu sistema de crendices. Se a isso não dou importância, essa energia não exercerá nenhuma ação sobre mim e não poderá influenciar- me.


Ela só obedece à lei de ressonância. A cada um segundo sua fé. É aqui que podemos aplicar a antologia: Por fora como por dentro.

O corpo é o reflexo da alma. Se a desarmonia reina no mais íntimo de mim, ela será, então, visível também no meu corpo. Se estiver irritado, meu corpo se ressentirá e me mostrará isso pela doença.

Se estiver fora de meu eixo, isso se verá exteriormente, se estiver desalentado, isso se reconhecerá no meu aperto de mão, etc.

Todos os seres humanos têm o hábito de acusar o mundo exterior por tudo o que acontece e não deveria acontecer, quer dizer, por tudo o que não lhes convém!

Nós aí encontramos todas as gamas de culpados, desde membros da família até o governo, e com pretexto nas circunstâncias atuais, a sociedade, mesmo os Illuminati e Satã, que nós acusamos de todos os males, pois nós os responsabilizamos pelo nosso destino.

E alguns escolhem até mesmo acusar a Deus.

Essa repartição das faltas não é mais possível a partir do momento que acreditamos nas leis cósmicas e espirituais que acabamos de estudar.

Essas leis provam que tudo o que existe e a forma como isso existe é a manifestação das causas que o ser humano provocou, ele mesmo. Pouco importa se isso diz respeito a um estado exterior ou interior, uma doença, um acidente ou à situação da nossa terra com seus habitantes. Nós é que somos a causa e temos que responder a ela. Muitas pessoas irão retorquir: Mas em que isso me diz respeito? Eu só vivo neste planeta há 30 anos!

Outras perguntas também podem ser feitas: Por que fui maltratado ou violentado quando era criança?

O que fiz para isso? Por que mereci?

Uma parte da resposta está contida na pergunta.

Vós o merecestes.

Foste vós que contribuístes com isso que denominais golpe de sorte, quer dizer, vós é que provocastes um dia essa causa da qual não vos recordais mais.

Essa causa pode retroceder à primeira infância, à fase pré-natal ou a uma vida anterior.
Não é porque não vos recordais que isso será o caso de não terdes outras vidas.


A terra já era redonda bem antes que nós tivéssemos prova disso! Naquela época já haviam cientistas e especialistas que afirmavam que a terra era plana e chegavam a punir aqueles cujas opiniões eram divergentes.


A dificuldade reside no fato de que a maior parte dos seres humanos não se recorda mais de suas vidas anteriores, nas quais eles realizaram atos dos quais agora sofrem os efeitos.

A ignorância, entretanto, não nos coloca ao abrigo das consequências dos nossos atos passados! É tempo de dar-nos conta disso!

4. A Lei da Reencarnação

Os cristãos entre vós irão dizer que a doutrina da reencarnação não existe no ensinamento da Igreja.
Eles têm razão, a doutrina da reencarnação não está mais contida hoje em dia na Bíblia.

Dir-vos-ei o porquê!No ano de 553 d.C. o imperador romano Justiniano - notai bem que não eram as eminências eclesiásticas! - convocou o segundo sínodo de Constantinopla, onde foi redigido um edital que suprimiu a doutrina da reencarnação, se bem que Jesus atribuiu a essa doutrina uma grande importância.


Em seguida a esse decreto, tudo o que fazia alusão a uma preexistência desapareceu da Bíblia, com exceção de algumas indicações apenas reconhecíveis.


Foi assim que privaram os primeiros cristãos do mais importante fundamento da religião. O clero ensinou, para compensar, a ressurreição “da carne no último dia”.

Que bela troca!

Peço aos cristãos fiéis à Bíblia para se esforçarem e verificarem por si mesmos o que escrevi a propósito do Concílio de Constantinopla. Se vos aprofundardes nesse assunto, esforçai-vos para examinar também o Concílio de Nicéia em 375 d.C. A verdade será, talvez, dura de ouvir, mas vós aí encontrareis as provas de que o Novo Testamento foi modificado de forma drástica tanto em sua concepção como em relação ao ensinamento original de Jesus.


Consideremos mais de perto o assunto da reencarnação. Já verificamos no início deste capítulo, que vivemos na matéria, a qual é, por si mesma, submetida a lei da polaridade, e que o rítmo e a oscilação, que são a base de toda a vida, Nascem da mudança constante entre dois polos. Os “Sábios de Kybalion” já sabiam que nada está “em repouso”, que tudo está em movimento, que tudo é vibração, o que está confirmado pela Física moderna. A agulha de um pêndulo que oscila à direita oscilará com a mesma amplitude à esquerda. Encontramos esse ritmo por toda a parte: no inspirar que sucede inelutavelmente ao expirar. Assim como ao redor da vigília que sucede o sono e que o inverno é seguido pelo verão, que o alvorecer alterna com o pôr do sol... Encontramos dois polos na eletricidade e no magnetismo, duas energias nos humanos, feminina e masculina. Assim também, a morte sucede à vida, e a vida, sucede à morte. Como podeis ver esse rítmo está presente por toda a parte na vida, mas alguns que têm fé somente na religião e outros que só acreditam na ciência se recusam ao fato de que essas leis possam aplicar-se na vida. Vedes nisso a contradição?

Dethlefsen o exprime assim:

Em todo o tempo denominaram essa mudança rítmica da alma através da vida e da morte de transmigração da alma ou reencarnação. Platão e Göethe o sabiam. Digo que eles o “sabiam”, não que eles “acreditavam”, pois trata-se de um conhecimento, não de uma crença. Todos são livres de não acreditarem, mas que se compreenda que a hipótese “sem” reencarnação toca ao absurdo, pois somente a doutrina da reencarnação está em harmonia com todas as leis do Universo.

Schiksal als Chance, p. 200 e s. Existem, é espantoso, muitas pessoas que se recordam de suas vidas anteriores, pelo menos, em parte.

Sois talvez alguma dessas pessoas?

Já não vos encontrastes num lugar o qual reconheceis sem nunca ter lá estado anteriormente? ... Essa pequena loja na esquina da rua vos lembra... Tal experiência relaciona-se ao “saber”; vós o sabeis e não tendes, pois, nenhuma necessidade de “crer”.

A vida na matéria está submetida à polaridade. A própria vida esta dividida em dois mundos, aquele deste lado e aquele do Além. Morremos neste mundo, nascemos no outro, que experimentamos também como sendo real. Morremos no Além para renascermos neste mundo. Que aquele que possa desligar-se da subjetividade das aparências compreenda que nascimento e morte, este mundo aqui e o outro, não passam finalmente de dois lados da mesma moeda.

Acontece a mesma coisa com o sono quando o corpo da alma abandona o corpo físico. Naquilo que denominamos um sonho, experimentamos uma realidade totalmente diferente que, tem ela também, suas dores, suas tristezas, seus medos, suas alegrias...

Muitos recordam-se precisamente de seus sonhos, enquanto outros afirmam que nunca sonham. A lembrança está ausente, entretanto, eles sonharam, o que se pode provar tecnicamente em nossos dias.

Ficamos contentes ao nos despertarmos, mas também gostamos de dormir, pois sabendo que após um bom sono, estaremos revigorados e dispostos. Não se pode dizer que seja positivo ou negativo estar acordado ou adormecido. Isso não depende de nenhum sistema de valor.

Transpomos isso com relação à morte, isso significa que todo o medo da morte é supérfluo, pois acontece a mesma coisa como no sono. Somente o lapso de tempo é importante demais para que possamos concebê-lo. A morte é, pois, o ponto culminante da vida, podemos repousar após a morte, antes de precipitar-nos em outra “aventura de uma vida com um corpo”.

Se não tiverdes nenhuma lembrança, perguntai então a uma pessoa que teve uma Near Death Experience (NDE - Experiência de morte clínica), e deixai que ela fale de sua forma de considerar a morte.

Verificareis que mais de 90% das pessoas tiveram uma experiência positiva (agradável) que lhe tirou todo o medo, pois essa experiência pessoal deu-lhes a possibilidade de saber.O desenvolvimento da nossa alma é um longo processo de aprendizado e de realização pelo qual muitos,

Até mesmo inúmeros corpos serão necessários. Nosso verdadeiro eu não é o corpo físico, é a nossa alma, denominada corpo energético ou corpo de luz, que possui todas as lembranças e que é imperecível.

É esse corpo energético (a aura) que o clarividente vê, e de onde ele obtêm suas informações.

Esse processo de aprendizado visa a que façamos a experiência da vida na sua totalidade; é um longo caminho com muitos erros e retificações. As encarnações são comparáveis às classes de uma escola, cada uma com seus deveres, seus problemas, seus testes, suas dificuldades, seus sucessos. Ao tempo de estudos se sucede um tempo de férias, quando se deve às vezes recuperar as lacunas e os conhecimentos mal assimilados, antes de passar para a classe superior. O que aprendemos determinará a classe na qual nos encontraremos. Se nada tivermos aprendido, devemos repetir. Se tivermos assimilado as lições, passaremos para a classe superior, onde nos aguardam novas provas mais difíceis. A vida tem uma paciência infinita conosco - contrariamente à escola! As almas têm sempre sem cessar as possibilidades para aprender o que elas ainda não sabem.

Em resposta à questão mencionada acima sobre o porquê do que nos acontece (por que sou aleijado, por que fui roubado?), Dethlefsen responde:

Viver é aprender, independentemente do fato que o aceitemos ou não. A vida, segundo a lei que conhecemos, vigia com uma justiça absoluta para que cada um aprenda exatamente o que ele está mais ou menos pronto para aceitar ou então ao que ele se opõe com força.

Ele teria às vezes motivos para duvidar sobre o sentido da vida se não tivesse como base a reencarnação. É evidente que os seres humanos não participam das mesmas vantagens na vida. Não é culpa da sociedade. Mesmo se o analisarmos de um ponto de vista religioso ou ateu, isso é difícil de explicar para qualquer um o porquê, precisamente, alguém “no melhor dos mundos” nasceu surdo, paralítico, estropiado ou débil, sem falar-lhe de reencarnação. Dizer que “os caminhos de Deus são impenetráveis” não auxilía ninguém a encontrar um sentido para a vida. E o ser humano não pode viver sua vida sem dar-lhe um sentido, senão será insuportável. Encontrar um sentido para a vida é uma necessidade fundamental! Somente quando o ser humano está pronto para não querer que esta vida seja única e quando ele reconhece que ela é um elo de uma antiga corrente é que ele aprenderá a alcançar o sentido e a justiça do “destino”. De fato, o destino de uma vida é o resultado do processo de aprendizado de tudo o que se experimentou até então.


5. A Lei de Compensação


Para tornar tudo isso ainda mais compreensível, introduzimos dois novos conceitos: os do carma e do dharma. A lei do carma (em sânscrito: o que foi criado, o ato) é a lei de compensação que vela para que o ser humano seja confrontado com o seu problema enquanto ele não o resolveu. Aí, cada pensamento, cada sentimento ou cada ação são imortais e retornam para nós tal qual um bumerangue. O carma exige do ser humano que ele assuma a inteira responsabilidade de seu destino. A maioria, na nossa época, recusa-o, é evidente. A rejeição da reencarnação é muito compreensível; os Illuminati, entre outros, instauraram e expandiram com muita ostentação teorias que parecem perfeitas, que se apoiam na ciência, nas religiões ocidentais, referem-se aos trabalhos universitários, mas privam o ser humano de sua própria responsabilidade e jogam a culpa sobre a sociedade, sobre os agentes patogênicos, sobre a influência de Satã ou sobre o malfadado acaso.


Pela lei de compensação, recebe-se de retorno o que se gerou. Quem usou de violência a receberá de volta na mesma vida ou em outra seguinte. Um Adolf Hitler, um Joseph Stálin ou um Gengis Khan esgotarão seu carma como todo e qualquer ser humano sobre este planeta.


O budismo ao contrário, designa o dharma como sendo todas as experiências construtivas e agradáveis acumuladas em numerosas vidas anteriores que contrabalançam o carma.

O dharma é as faculdades, os talentos com os quais nós nascemos para assumir nossa vida. O dharma é sempre um pouco mais importante que o carma, para permitir-nos que acabemos com nossas dívidas cármicas. Um suicídio é portanto uma fuga diante da tarefa que escolhemos para realizar nesta vida, antes de reencarnar. Nós encontraremos essa mesma tarefa em outra vida. Ninguém escapará desse processo. Cada um deve assumir as conseqüências de seus atos, nem mais, nem menos.

Aquele que vê a aura (o corpo luminoso que envolve o corpo físico) pode ver o carma e o dharma.

Ele não vê necessáriamente o futuro, mas a vivência atual da pessoa, os atos que ela cometeu e pode predizer- lhe as conseqüências que decorrerão se ela não modificar-se em nada. O destino é modificável. Absolutamente. A relação entre carma e dharma é modificada se cometermos atos que caminham em sentido construtivo, com mais amor.


Imaginemos um ser humano trabalhando em um campo de concentração numa vida anterior, onde, por ideologia, ele matou deficientes. Esse ato vai condicionar seu carma. Suponhamos que essa alma habite um novo corpo em outro país, numa época diferente. Um dia, ele consulta um clarividente: este vê os atos que ele cometeu em sua última vida e prediz-lhe, pois, um destino pesado, talvez até numa cadeira de rodas. É o que pode acontecer se ele continuar a viver como antes. Mas eis que ele decide conscientemente pagar o que ele cometeu e aceitar trabalhar num lar de deficientes. Essa decisão de passar sua vida fazendo o bem com um amor desinteressado vai auxiliar a si mesmo e auxiliará evidentemente os deficientes. Ou, então, ele decide, conscientemente, modificar fundamentalmente seu modo de pensar e de agir. Seu destino será modificado por suas novas decisões.

Segundo a lei de reencarnação, renascemos em múltiplos corpos que são, cada vez, perfeitamente adaptados para permitir-nos ultrapassar as provas específicas que são nosso quinhão. Somos encarnados as vezes entre os negros, os judeus, os cristãos, os satanistas, ou então nas famílias ricas ou pobres, em um corpo seja de mulher, de homem ou de homossexual, às vezes mesmo como assassino, vítima, etc.

A fim de viver todas as experiências que a vida oferece. Não há sentido julgar alguém pela cor da pele, por sua crença ou sua origem pois cada um de nós passou ou passará, ao menos uma vez, por todas essas diferentes experiências.


Podeis ver que, pela doutrina da reencarnação, julgar, odiar seu próximo ou provocar guerras é absolutamente débil. Se fui mercador de escravos numa vida, um dia deverei aceitar ter um papel de escravo para compreender o que sentiam meus escravos, quando os açoitava com meu chicote. A lei da reencarnação é absolutamente equitativa, é o único princípio de uma lógica e de uma justiça perfeita. Um bumerangue volta com a mesma força com o qual foi lançado. Se me puser a gritar numa floresta, ouvirei o eco de meu grito que voltará para mim exatamente com a mesma intensidade. Se for brutal, ser-me-á dado receber, por minha vez, essa brutalidade. Se for avaro, vivendo às custas dos outros e guardando egoisticamente o que é meu, farei então a experiência de uma vida na qual me faltará dinheiro. Se roubei dos homens suas mulheres, saberei mais tarde o que custa ser enganado. Todas as ocasiões nos serão dadas para viver com a mesma intensidade o que infligimos aos outros.


Encontramos por toda a parte na natureza, essa lei de compensação, na Física, na Química, à nossa volta, em nosso corpo. Se, por exemplo, faço meu corpo absorver toxinas (pelas drogas, pelo álcool ou pelo fumo) ele reagirá como conseqüência. e somente eu sou o responsável do que lhe fiz ingerir.

Se tivesse como meta levar uma vida construtiva, reconhecendo que o amor e a bondade são leis superiores, terei meu pagamento em retorno. É a razão pela qual é dito que se reconhece o ser humano pelos seus frutos.

Examinai agora vosso próprio sistema de crenças. Vossas crenças, vosso sentimento e vossa realidade repousam sobre uma experiência pessoal ou então só fazeis reproduzir a opinião dos outros ou o espírito da época?


Nunca tivestes uma experiência pessoal decisiva, uma visão (talvez na infância), nunca ouvistes vozes, sonhando com o que iria acontecer-vos mais tarde, ou de vosso passado; nunca tivestes uma experiência de morte clínica (NDE), uma viagem astral; jamais tivestes um pressentimento, vivido uma cura espontânea; nunca uma comunicação telepática; nunca vistes, quando criam-se de drogas ou de outros meios)?

Se direis que sim, então tereis uma boa razão para considerar o que está acontecendo. A maior parte dos seres humanos não têm nenhuma experiência pessoal, mas eles não se preocupam para verificar se aquilo em que eles acreditam é exato e se é bom que eles mantenham suas crenças.

O adágio “nunca é tarde” aplica-se bem para essas pessoas. Testai vossas crenças. Estais seguros que elas vos auxiliam? Se obtiverdes confirmação de vosso sistema de crenças, vos felicito, pois, desde então, possuíreis um saber e não mais uma crença.


Se, ao contrário, vós vos chocais com contradições, sabereis mais coisas, notadamente o que não quereis mais viver. Isso vos permitirá abrir-vos a novas ideias. Pouco importa a maneira pela qual procedeis, agireis em conseqüência. A pior das coisas é a de não fazer nada.

Se vosso interesse por vidas anteriores despertou, a bibliografia menciona alguns bons livros de introdução a esse respeito. Existem métodos diferentes que fazem reviver lembranças passadas, mas a prudência é obrigatória! A hipnose é desaconselhada, ela é uma intrusão forçada na vida. É preferível fazer uma regressão para uma vida anterior estando totalmente consciente. Ainda é preciso ser claro em vossa motivação. Trata-se de pura curiosidade? Ou tereis uma boa razão para investigar vosso passado? É preciso nada forçar. Para a maioria de nós, é preferível não conhecer nosso passado, isso poderia criar bloqueios e impedir-nos de tomar certas decisões.


A natureza faz bem as coisas, criando precisamente esse “mecanismo do esquecimento”. Se nos recordássemos de nossas centenas - às vezes, mesmo, milhares de vidas - e de mortes correspondentes, teríamos dificuldade de viver conscientemente esta vida e de alcançar dela todas as oportunidades para evoluir.

Se devido a uma deficiência ou a uma grave doença desejais conhecer a origem disso (ou então se tiverdes outro motivo, que para vós é de muito valor para fazer essa experiência), tereis a possibilidade de fazer uma regressão, consciente ou, o que a meu ver, é preferível, podeis pedir com muita fé uma resposta:“pedi e recebereis”: se isso for bom para vós, tereis uma resposta. Pedi o que será melhor para vós e vereis o que acontecerá. Isso corresponde ao que os cristãos dizem: “Que seja feita a tua vontade”. Para muitas pessoas, é certamente preferível que elas não conheçam a origem de seus males. Elas poderiam ficar perturbadas, o que tornaria sua vida ainda mais difícil, pois todos os seres humanos não são forçosamente capazes de compreender a pura verdade.

Mas pode ser que um clarividente encontre-se “sobre vosso caminho” e que ele vos conte espontâneamente e naturalmente o que ele vê. Esse método fez suas provas milhões de vezes e não é perigoso.

Se deveis lembrar-vos um dia de vossas vidas, como é o caso para mim e uma quantidade de outras pessoas, alcançareis o fio condutor que vos liga, sabereis por que escolhestes viver sobre este planeta, neste século, nesta família, nessas circunstâncias, com esse corpo e tal nome.

Dizemos ainda uma vez. Não importa conhecer vossas vidas! Vivamos em amor, verdade e justiça a cada instante de nossa vida, é o que podemos fazer de melhor para compensar o mal que tivermos causado. Se uma pessoa já tiver purgado uma grande parte de seu carma e viver positivamente, que ela preste atenção para não deixar-se levar para outra direção. Ao utilizar o máximo as virtudes que ela possui, ela acelera o processo que a libertará da “roda do renascimento”.

Como podeis ver, não é sempre importante conhecer o próprio passado. Qualquer que ele seja, é o presente que é decisivo. O que nos faz evoluir hoje em dia, é a aplicação dessa lei superior bem conhecida do amor desinteressado, de viver em verdade, de ser um ser humano justo, mantendo um equilíbrio entre a razão e a afetividade.

Alguns vão sentir-se desorientados ao perguntar-se como eles devem fazer. Um saber ancestral traz uma resposta perfeitamente adequada: a regra de ouro!

Não faças aos outros o que não queres que te façam! No Cristianismo: “Faça primeiro aos outros o que queres que te façam.”

No Judaísmo: “Não inflijas aos outros o que não queres que te inflijam.”

No Islamismo: “Aquele que não testemunha ao seu irmão, aquilo que ele gostaria que lhe testemunhassem, não é verdadeiro crente.”

No Hinduísmo: “Não imponha ao teu vizinho o que não queres ter de suportar dele.”

No Budismo: “Testemunha aos outros do mesmo amor, da mesma bondade e da mesma misericórdia do que gostarias ser o objeto.”

No Jainismo: “Nós deveríamos tratar os outros como a nós mesmos, seja na alegria e na felicidade ou na dor e na tristeza.”

No Parsismo: “Aquele que não impõem aos outros aquilo que não é bom para si, este é nobre e luminoso.”

No Confucionismo: “Conduze-te para com os outros como gostarias que eles se conduzissem contigo.”

No Taoísmo: “Considera a felicidade e a tristeza de teu próximo como se elas fossem tuas e esforça-te para contribuir para seu bem como para o teu.”

Desejais que se minta para vós, que vos roubem ou que vos insultem? Não? Então não ajais assim com vosso semelhante. Quantas pequenas mentiras nós pronunciamos diariamente! Sejamos honestos,reconheçamos a verdade!

Dito de outra forma, se vos alegrais quando vos dão um presente, que venham visitar-nos, começai por agir da mesma forma com os outros e vereis que vossa vida se modificará pouco a pouco.

Se não tiverdes

Coragem no início, visualizai a vós mesmos estando a caminho de realizar esses atos. Muitas coisas se modificarão em vossa vida. A visualização criativa pode ser-vos de grande auxílio!

Quer sejamos muçulmanos, cristãos, testemunhas de Jeová ou ateus, é possível viver em amor. O amor desinteressado não tem preconceitos, não está preso a uma organização, a uma Igreja ou a uma raça.

Está ao alcance de todos, e, além de tudo, ele é gratuito. Naturalmente, não é fácil a princípio, estou consciente disso. Mas a maioria se sairá bem ao manifestar esse amor desinteressado ao menos alguns minutos por dia no início. Sabeis bem que “o aprendiz se torna mestre”.

Não se pode medir o amor por meio de instrumentos, sabeis isso muito bem. Não é provável, entretanto não é menos real. Seria absurdo afirmar que o amor não existe porque não podemos prová-lo. Aquele que conhece o amor, sabe que ele existe e não há necessidade de provar. É a mesma coisa para a reencarnação. Seria absurdo negá-la: centenas de milhares de seres humanos neste mundo tiveram uma experiência da morte (NDE), lembranças espontâneas, etc., que são para eles, igualmente provas irrefutáveis. É muito provável que chegaremos um dia a provar cientificamente que a reencarnação existe, mas, nem por isso, ela teria deixado de existir desde o princípio.

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