“O NATAL E A JUSTIÇA CÓSMICA”
Em termos astronômicos sabemos que o dia 25 de dezembro assinala o solstício do inverno no hemisfério norte. Sabemos também que Jesus foi concebido no ventre de uma virgem, Maria, em 25 de março, dia em que o arcanjo Gabriel, “no sexto mês, foi enviado por Deus a uma cidade da Galiléia chamada Nazaré” , segundo registros bíblicos. A palavra Deus, nesse caso, vem do termo hebraico Iahweh-Elohim, e Gabriel tem sido reiteradas vezes considerado um alienígena ou uma divindade. A concepção então se deu no equinócio da primavera e, nove meses depois, no solstício do inverno, nascia Cristo. A chave deste código está, precisamente, ma expressão “no sexto mês” , empregada pelo evangelista Lucas. A humanidade, desde seus tempos primitivos, sempre conheceu alguns Mitos que. Em linguagem comum são narrativas fabulosas que podem ser aceitas como exposição cifrada ou simbólica de uma teoria. No segundo caso temos o Mito Solar quando o logos se manifesta no mundo fenomenal e encarna num homem chamado AVATAR, cada vez que as grandes transformações cósmicas, chamadas “Eras”, que afetam desde o movimento dos sóis até a conduta dos homens, fazem necessária a presença de um “Instrutor” ou um “Transformador” que oriente o caminho ou a senda dos homens. Assim vamos falar da presença de um “Instrutor” ou “Transformador” através dos tempos. Uma condição essencial no Mito Solar é a de que o Avatar seja concebido por uma virgem. Jesus foi concebido por Virgem Maria “por obra e graça do Espírito Santo”Porém este fato, como já sabemos, não passa de uma repetição do acontecido com Krishna, muito, muito tempo antes, concebido pela virgem Devaki, que lhe da a luz no estábulo de Nandem, entre os pastores(Krishna, como Jesus deveria morrer para expiar os pecados de sua raça). Igualmente Horus nasce da virgem Ísis pela vontade do Deus Thot; Osires nasce da virgem Neith. Igualmente são tidos como nascidos de virgens Zoroastro, Quetzacoatl, Apolônio e outros. O mito básico da Maçonaria ortodoxa é a lenda de Hiram Abif, simples versão do Mito Solar e uma verdadeira história simbólica da evolução da consciência do Homem. Eis aqui a razão dos trabalhos dos “Filhos da Viúva” Somente quando brilhar o Sol da Verdade não mais serão necessários nem mitos nem lendas.
Se examinarmos com atenção e espírito livre as Sagradas Escrituras, perceberemos claramente nos livros que compõe o Pentateuco – a Tora hebraica – que os escritos estão sempre permeados da exigência de derramamento de sangue em sacrifícios. Ele é feito, inclusive, por determinação da transcendente e misteriosa entidade cósmica que desempenha, fenomenológica e teologicamente, a função de Deus. Tal misteriosa exigência, que parece ser feita para satisfazer uma espécie de justiça cósmica, é provisoriamente apaziguada como e derramamento de sangue de animais irracionais, segundo o Antigo Testamento. Mas só encontra sua definitiva satisfação com o sacrifício de uma vitima mais desenvolvida, o ser humano. Entende-se isso pelo fato do ser humano ter um grau ontológico superior de composição metafísica da personalidade, animalidade. E racionalidade. Ele é constituído de matéria e espírito. Por outro lado, a transgressão pecaminosa e a desobediência cósmica não são atos perpetrados por animais brutos ou irracionais, mas sim por seres racionais, como o homem, dotado de livre arbítrio. Por isso, somente o sacrifício apazigua a citada justiça cósmica. E precisamente dentro desta perspectiva de analise do Livro de Jô, um dos mais enigmáticos e misteriosos das Escrituras Sagradas, que pensadores como Jung e as israelitas Riwkah Schaerf e Margaret Susmam assumem posições polemicas e chegam a adotar o ponto de vista de judeus cristãos da Palestina, dos primeiros séculos do Cristianismo. Eles interpretavam textos sagrados como contendo representações do primeiro filho de Iahweh. (nosso Deus), que teria sido Satanael. Para eles, Jesus seria o segundo filho e, conseqüentemente, nem primogênito e muito menos unigênito. Esta seria a doutrina dos dois filhos antagônicos de Deus, Satã e Cristo.
O misterioso e praticamente indecifrável Livro da Revelação – o Apocalipse – menciona algo desta tremenda batalha citando até o nome do comandante das milícias de Iahwe, o príncipe arcanjo Miguel, que também é citado nominalmente na epistola de Judas Tadeu. Este, por sua vez já cita um apócrifo atribuído ao patriarca antediluviano Enoque, no qual faz referencia a uma luta travada entre Miguel e Satã – Uma batalha de alienígenas pela posse do cadáver de Moisés. Tudo indica que nessas pelejas houve apenas uma vitória ou algumas vitórias por parte de Miguel e do próprio Iahweh. Há perspectiva, ainda, de uma próximo e terrível confronto entre as duas potencias.
Comentários
Postar um comentário
COMENTE AQUI