AS HUMANIDADES DESENVOLVERAM-SE EM MEIO AOS ANDRÓGINOS E HERMAFRODITAS













A ilustração é reconhecida por muitos estudiosos como Yahweh Alado sobre um Querubim acompanhado de uma deusa, também alada, Asherah, pairando sobre "a árvore sagrada". Note-se o falo, bem definido de Jeovah. FONTE: University Fribourg, Switzerland. Vandenhoeck & Ruprecht, Gottingen. 1999.



Ídolo de cobre do ano 1.200 antes de Cristo. Trata-se, evidentemente de uma divindade fálica encontrada no santuário de Timna. Supõe-se que seja uma representação de Yahweh [Jeovah], encontrado em Kuntillet el Ajrud, Israel, em 800 d.C.. Yahweh, é famoso por seu falo indicativo de sua prodigiosa capacidade de reprodução. — [Beno Rothenberg, et al. The Egyptian Mining Temple at Timna. Institute for Archeo-Metallurgical Studies Institute of Archaeology, University College London. 1988]

Jeová era hermafrodita. Para muitos, a informação pode parecer estranha ou mesmo chocante mas é a verdade que emerge do estudo da mitologia do "Deus de Israel". É um título justo porque Jeová, foi, realmente, o Deus específico daquela antiga nação. De fato, o monoteísmo dos primeiros judeus, recém saídos da Mesopotâmia, não era um monoteísmo [nunca foi e ainda não é] fundamentado na crença em um Deus universal, Deus criador de todas as Coisas, de todos os seres, Deus de todos os Homens.

Jeová foi [e é] o Deus dos seguidores de Abraão, um patriarca [chefe de tribo, clã] originário, até onde se sabe, da cidade de Ur, na Caldéia, ou seja, na Mesopotâmia, região que abrigou a famosa Babilônia, atual Iraque. O próprio nome do povo - JUDEU - deriva da antiga denominação, Yah-oudi, a eles aplicada e por eles considerada ofensiva! Yah-oudi pode ser entendido como "Jeovitas", "Jhaevoadianos", "Jodhadious"ou, simplesmente, seguidores de Jah-Hovah.

O nome Jeová é a simplificação do original hebraico Jah-Hovah, palavra composta: JAH ou JOD ou, ainda YOD significa phallus, falo, pênis, macho: "A letra hebraica Jod representava o membrum virile" [BLAVATSKY, 2003]. Hovah significa vaso, cavidade, arca, concha. fêmea (e, mais tarde, vagina, do latim, metáfora relacionada ao estojo onde os guerreiros guardavam sua espada; bainha de espada).
A ilustração é reconhecida por muitos estudiosos como Yahweh Alado sobre um Querubim acompanhado de uma deusa, também alada, Asherah, pairando sobre "a árvore sagrada". Note-se o falo, bem definido de Jeovah. FONTE: University Fribourg, Switzerland. Vandenhoeck & Ruprecht, Gottingen. 1999.


Portanto, Jeová significa "macho-fêmea", "pênis-vagina", um ser que reúne atributos genitais de ambos os sexos; um hermafrodita. Por isso, o judaísmo ainda primitivo e popular, o judaísmo do rei Davi, é considerado como uma religião fálica, porque os traços distintivos de sua divindade, Jeová, são signos da sexualidade, do ato da geração. A Arca da Aliança judaica [porque outros povos também têm suas "Arcas"] possui um simbolismo sexual notado por vários estudiosos: "Os dois querubins colocados frente a frente sobre o cofre [a Arca], têm as asas abertas de tal maneira que foram um perfeito Yoni [genitália feminina]". Hargrave Jennings, em sua obra Phallicism, escreve: "Sabemos pelos anais judeus que a Arca continha uma tábua de pedra e que se pode demonstrar que esta pedra era fálica".

Aos invocadores contemporâneos de Jah! é bom informar que essa palavra jamais foi sinônima de "Deus", Alá, Altíssimo, Criador do Universo ou qualquer outra expressão com a qual é designado o Deus do monoteísmo contemporâneo, cristão ou não. "Para o esoterismo hebreu... a principal função de Jeová era dar filhos... Ele era a medida do ano Lunar... ciclo de tempo que foi tomado como a causa da ação geradora sendo, por isso, objeto de culto e invocação. Entretanto, re-significações são um fenômeno próprio das línguas vivas e, assim, Jah poderá ser palavra pronunciada para se referir ao Supremo Arquiteto do Cosmos se o povo, supremo monarca da gramática real, assim o desejar.

BIBLIOGRAFIA
BLAVATSKY, Helena Petrovna. A Doutrina Secreta vol. III — Antropogênese. São Paulo: Pensamento, 2003.
__________________________ A Doutrina Secreta vol. IV — O Simbolismo Arcaico das Religiões, do Mundo e da Ciência.
Teosofia é budismo esotérico de origem indiano-tibetana, ou seja, as ciências ocultas em escrituras sagradas budistas, conhecimento reservado para Iniciados, estudiosos e praticantes de longa data. Dentre estas "ciências ocultas" constam uma cosmogênese e uma antropogênese, como, em geral, constam de todas as escrituras e tradições religiosas ou sagradas do mundo. Exp.: Mitologia Grega: Divindades primordiais; Gênesis Bíblico judaico-cristão; Gilgamesh, epopéia sumério-mesopotâmica.



Há muitas e muitas eras, históricas e pré-Históricas, o sexo não existia. Existiram Humanidades e indivíduos, mas o sexo, não! Não havia sexo nem como sistema de órgãos, nem como uma prática de intercurso de corpos, nem com uma idéia. Aliás, nesse tempo tão distante também os corpos eram muito diferentes do que são atualmente.

Na aurora planetária e antropogênica, os espíritos manifestavam-se em estruturas bioquímicas desprovidas de ossos; eram sem-ossos. Parece estranho mas a Natureza daqueles dias era tão coerente quanto hoje; também a Terra não tinha "ossos" (rochas e formações sólidas).

Três Humanidades, três Raças Humanas emergiram, desenvolveram-se, declinaram e extinguiram-se sem que seus corpos humanos possuíssem sistemas de órgão reprodutores. Primeiro os seres se auto-renovavam pela emanação do si mesmo reciclado por materiais coletados diretamente da dimensão subatômica da Natureza..

Depois veio a multiplicação assexuada da espécie. O indivíduo engendrava outros seres, de dois modos: 1º) Exsudando um ser igual a ele mesmo, clone ou, por brotamento, o clone desenvolvia-se como uma excrescência que se desprendia da matriz quando sua formação estava completa.

2º) Pela fecundação exógena. Os materiais genéticos misturavam-se ao acaso. O ovo era exsudado em Natureza, feito de substância plástica e gelatinosa. A fecundação corria de modo similar ao dos peixes, pelo depósito de material genético de um outro ser produzindo um híbrido [mistura de desiguais], gestado no ovo que se enrijecia para ser rompido quando a nova criatura estivesse apta para a vida no mundo exterior. Esse tipo de fecundação produziu a primeira geração de monstros da Terra.


Antiga Doutrina Tibetana: Antropogênense

No princípio, manifestaram-se na Terra os Existentes-Por-Si-Mesmos; vidas individuais projetadas pela Vontade Absoluta [possivelmente, Deus]. Isso foi no tempo da Aurora do Renascimento dos Mundos. Estas vidas, foram os Manus-Sementes, também chamados Pitris.

A Primeira Raça Humana, portanto, foi a dos Nascidos-Por-Si-Mesmos. Eram sombras de seus "progenitores", ou seja, de si mesmos; raça dos "progenitores" de si mesmos. Tudo fizeram de forma involuntária porquê não tinham mente, inteligência ou Vontade. O Espírito Centelha Divina [de Deus] não estava presente, ou melhor, estava em letargia, adormecido naqueles seres.

Da primeira Raça surgiu a Segunda Raça: os Nascidos do Suor, os Sem-Ossos que eram dotados do germe da inteligência — a débil chispa [centelha] primitiva. Notemos aqui que o Espírito de Deus está sempre relacionado à Luz; nos primeiros, que eram sombras, fenômeno que depende da luz; nos segundos, nos quais já brilhava debilmente uma "centelha", uma luz. A Terceira Raça Humana foi a dos Andróginos, chamados Duplos:

Os Filhos da Ioga Passiva [os andróginos] ... se tornaram ovíparos. As emanações que se desprendiam de seus corpos durante as épocas de procriação eram ovulares; os pequenos núcleos esferoidais se desenvolviam em uma grande veículo mole, oviforme, que endurecia gradualmente, rompendo-se após um período de gestação e dele saindo o jovem animal humano... [ANTROPOGÊNESE - p 183]



A Teoria Poligenética

A Antropogênese Budista-esotérica atribui ao homem: 1º) uma origem poligenética; 2º) diversidade de modos de procriação, antes que a Humanidade desenvolvesse a geração sexuada. A Humanidade Andrógina:

... cessou de procriar a sua espécie por meio de gotas de energia vital que emanavam de seu corpo... Toda essa energia vital [era] disseminada por toda parte e foi empregada pela Natureza na produção das primeiras formas de animais mamíferos. [ANTROPOGÊNESE - p 187]



As manifestações pré-arcaicas da Vida interagiam com a geologia pré-arcaica de maneira muito direta compondo uma realidade física, orgânica e inorgânica, intensamente dinâmica em sua busca de formas e materiais organizados e/ou organizáveis em sistemas funcionais para a plena expressão daquela Vontade Inteligente Primordial [Deus] que está na origem de toda a Criação.


A sucessão progressiva de métodos de reprodução, segundo os revela a ciência, é uma confirmação sugestiva da Etnologia Esotérica:

I. CISSIPARIDADE — Como se observa na divisão em dois de organismos unicelulares, como a Ameba. Ou como na mitose, divisão da célula em organismos pluricelulares.

II. BROTAMENTO — Uma pequena estrutura paterna [ou da matriz] infla na superfície e finalmente se destaca, crescendo até alcançar o tamanho do organismo adulto, como em numerosos vegetais, organismos marinhos etc.

III. ESPOROS — Uma única célula é expelida pelo organismo paterno [matriz], desenvolvendo-se em um organismo multicelular que reproduz os caracteres do original, como bactérias e musgos.

IV. HERMAFRODITISMO INTERMEDIÁRIO — Órgãos masculinos e femininos fazem parte do mesmo indivíduo. A maioria da plantas, vermes. [ANTROPOGÊNESE - p 184]





A Doutrina Secreta — contida nos livros arcaicos tibetanos afirma que o Ser Humano passou por todas estas estranhas conformações bioquímicas ao longos de muitos milhões de anos, desde o surgimento do próprio planeta Terra. Estas teorias, embora pareçam absurdas, tornam-se menos exóticas considerando os modos de reprodução de organismos observados na Natureza pela ciência contemporânea. Entre as bactérias, por exemplo, verificam-se mecanismos quase fantásticos:

Normalmente as bactérias se reproduzem por divisão direta binária, isto é, sofrem "fissão" (bipartem-se). ...Em circunstâncias especiais as bactérias esporulam, ou seja, tornam suas paredes mas espessas e reproduzem-se no interior dos esporos. Quando eles se rompem, liberam-se novas bactérias oriundas das iniciais. A Biologia moderna [década de 1980] desvendou três formas diferentes de transferência de material genético entre bactérias: a CONJUGAÇÃO, a TRANSFORMAÇÃO e a TRANSDUÇÃO.

Na CONJUGAÇÃO duas bactérias se aproximam e surge entre elas uma ponte de material citoplasmático através da qual ocorre passagem de DNA de uma para outra. A bactéria que recebe a "transfusão" (considerada como fêmea) poderá revelar, daí por diante, um novo fenótipo, isto é, exteriorização de um novo caráter. A TRANSFORMAÇÃO bacteriana é outro mecanismo de transferência de material genético... Nesse caso, uma bactéria "engloba" um segmento de DNA de OUTRA BACTÉRIA JÁ MORTA E EM VIAS DE DESINTEGRAÇÃO... [SOARES - 3/1988]



Os Andróginos deram início a diversidades morfológicas, metabólicas, anatômico-estruturais etc., resultantes das duas formas de procriação que caracterizaram a 3ª Raça Humana. Os filhos dos Andróginos foram (1) Nascidos do Ovo [implicando alta mistura de material genético; (2) Nascidos ou Filhos do Ioga. São curiosíssimos estes Filhos do Ioga. Também são ditos Filhos de Kriyashakti — e Kriya-shakti é o "misterioso poder do pensamento" .

As Humanidades desenvolveram-se em meio aos Andróginos e Hermafroditas [da 3ª Raça], bissexuados e assexuados e, finalmente, heterossexuais. Todos conviveram e compartilharam aquelas diferentes formas de procriação; no tempo mais que antigo, nos abismo esquecido do tempo. Trocas e fenômenos genéticos dos mais excêntricos aconteceram até que fosse desenvolvida a "relação sexual".

O homem não "saiu" literalmente do barro, da lama mas, sem dúvida existe muito plasma-gel envolvido nestes processos. Meditemos... O panorama evolutivo primordial, pré-arcaico, era de uma orgia de secreções envolvendo eventualidades físico-químicas, interações morfológicas, troca de fluidos que, segundo a Doutrina, povoaram o planeta com as mais estranhas espécies de seres vivos que fracassaram como veículos adequados para a expressão do Ser Humano. A herança desta época ainda subsiste na fauna e flora atuais e de Eras passadas. A experiência "exitosa" — viva e atual — é o homem contemporâneo.

Durante a Terceira [Raça] os animais sem ossos cresceram e se transformaram: converteram-se em animais com ossos... Os animais foram os primeiros a separar-se [em machos e fêmeas]. Começaram a procriar. O homem duplo também se separou... E tomaram para si enormes animais fêmeas. Com elas procriaram raças mudas. Eles próprios eram mudos [Foram chamados os Cabeça Estreita].

Eles geraram monstros. Uma raça de monstros encurvados e cobertos de pelo vermelho, que andavam de quatro patas. Uma raça muda para silenciar sua vergonha. [ANTROPOGÊNESE, p 202] ... Esse Homem Primitivo... [ainda] não tinha mente nem Alma quando procriou com um monstro fêmea [e, possivelmente vice-versa, meditemos..], do reino animal, o antecessor de uma série de símios [por exemplo - ANTROPOGÊNESE, p 207]



Somente na Terceira Raça Humana, já perto do fim do período de existência da Terceira Humanidade, os seres humanos passaram a ter um corpo físico de matéria mais densa e a densidade diminuiu o nível de intimidade material entre os seres.

A relação sexual corpórea foi praticada antes mesmo que "o raio da divina razão iluminasse suas mentes até então adormecidas; e haviam pecado". As misturas genéticas que deram origem a animais já tinham acontecido. A forma exterior dos homens não era uniforme porque os ovos, "antes de se endurecerem foram, com freqüência, corrompidos por enormes animais [que já existiam!]. Daí surgiram raças intermediárias de monstros, meio homens, meio animais".

Entretanto, mais tarde, quando a raça humana já estava definida e já se configurando como uma Quarta Raça, Quarta Humanidade; quando o homem passou a engendrar, procriar por relação sexual, "não só engendrou homens, como também animais"... Tais relações foram proibidas: "reis e senhores puseram o selo da proibição nessas relações pecaminosas".




Sexo na Cronologia dos Brâmanes

Por tudo o que já foi explicado, em tempos remotíssimos não havia sexo mas, também, em tempos também muito antigos, o sexo tornou-se uma característica dos seres vivos de grande porte: anfíbios, aves, répteis e, sobretudo, mamíferos.

A Doutrina tibetana do Livro de Dzyan adota, para as idades do Universo, do mundo e dos homens, a cronologia do Brâmanes (hindus).


Nesta cronologia consta que a emergência das relações sexuais entre os seres, na Terra, datam do fim da 3ª Raça [Lemurianos] e começo da 4ª Raça Humanas [esta, Atlantes], quando os seres humanos — e outros mamíferos — desenvolveram corpos com ossos. Isso remonta de dezenas de milhões! de anos.

Para os Brâmanes, a idade da Terra gira em torno de 1 bilhão 955 milhões 884 mil e 807 anos, [em 2007]. A idade da presente Humanidade, chamada Humanidade da 5ª Raça, fica em 18 milhões e pouco mais de 600 mil anos, quando desapareceram os últimos núcleos da civilização Atlante.

O corpo material, a separação dos seres em gêneros sexuais e, por fim, a relação sexual, este conjunto de eventos são esotericamente descritos como "a Queda". Queda do homem na matéria, queda do poder de auto-criação e auto-recriação mental em procriação sexual.

Nos textos bíblicos — judaico-cristãos — muito confusos e/ou até omissos em sua cronologia cosmológica, geológica e antropológica, entre textos canônicos e apócrifos, há referência a duas quedas: (1ª) queda dos Anjos; (2ª) Queda do Homem. A primeira é relatada no apócrifo Livro de Enoch; a queda do Homem, está no Gênesis canônico.

Ambos os episódios, que podem ser considerados como o desenrolar de um só processo, são relacionados a três fatos da evolução: (1º) desenvolvimento da Vontade exercida por livre arbítrio; (2°) descoberta, escolha e prática da relação sexual, procriação vivípara; (3°) a experiência da vida com dor e sofrimentos físicos.



A Queda — Trechos da Doutrina Secreta

Os primeiros Lêmuro-Atlantes [transição entre as Raças 3ª e 4ª] são acusados de haver tomado como esposas mulheres de uma raça inferior, ou seja, da raça dos homens até então desprovidos de Mente [p 300].

...Tomaram como esposas mulheres formosas verdadeiramente humanas mas, nas quais, estavam encarnados seres inferiores e mais materiais... Estes seres com formas femininas — Lilith é seu protótipo nas tradições judaicas — são denominadas Khado (em sânscrito, Dakini). As lendas alegóricas... atribuem a todas a arte de "andar pelos ares"... não sendo elas, porém, dotadas de mente — só de instinto animal [p 303].

Os que caíram vítimas de sua naturezas animais... procriaram "monstros", isto é, homens de uma variedade diferente. A Doutrina Secreta acusa aqueles Lêmuro-Atlantes — "filhos do Céu e da Terra" de haverem cometido o abominável crime de procriar com "animais"...

Aqueles[as] eram chamados [das] "animais" não porque não fossem seres humanos, mas porque eram muito diferentes, física e mentalmente, das raças mais perfeitas que se haviam desenvolvido. [Raças que] ...permaneceram desprovidas de conhecimento ou, "sem-mente" assim continuaram até mesmo depois da separação natural dos sexos. Foram elas que ...praticaram o primeiro cruzamento engendrando monstros; e entre os descendentes destes foi que os Atlantes escolheram esposas. [p 304]






Sexo, Drogas & Outras Coisas

A antropologia teosófica, apesar de ser bastante complexa e até mesmo fantástica, consegue explicar o mistério e a recorrente alegoria de um "pecado original" através de uma concepção de evolução bioquímica dos seres vivos que pressupõe a origem do homem no planeta em uma época muito mais antiga e em condições geofísicas muito diferentes do que admite a ciência contemporânea.

A emergência do sexo entre os seres vivos terrenos e, especialmente na Humanidade, é um fenômeno inserido num lentíssimo e amplo processo de evolução que começa com a vida se manifestando em estruturas etéreas, passando por estados mais densos de matéria até chegar à conformação orgânica atual.

Considerando que os corpos dos humanos da 1ª, 2ª e boa parte da 3ª Raça não eram materiais no sentido de sólidos, talvez, sequer fossem completamente orgânicos, é coerente supor que seu contato com a realidade se dava no plano do não-físico através de SENTIDOS igualmente não-dependentes de apêndices físicos, possivelmente, SENTIDOS MENTAIS.

Quando os seres humanos passaram a ter corpos densos, materiais, cada vez mais carnais, perderam suas faculdades não-físicas que foram substituídas por habilidades corporais. O conhecimento do mundo passou a depender, em boa parte, dos sentidos e apêndices físicos.

O sexo é, primordialmente, o meio físico de efetuar troca de materiais genéticos que permitem a renovação da vida através da procriação. Estes materiais, que antes eram exsudados e inconscientemente depositados em natureza, passaram a ser produzidos e armazenados nas profundezas do "organismo", este corpo de carnes, ossos, sangue e mucos no qual se transformou o veículo físico do homens e mulheres Lêmuro-Atlantes e do homem contemporâneo.


Matriarcado e Falicismo


Lentamente, por uma associação de lógica primária inevitável, quando a raça humana começou a procriar por meio de relação sexual, a idéia de "poder criador" passou a ser associada ao sexo; primeiro ao sexo feminino, que passou a ser a primeira evidente matriz geradora da raça.

As primitivas sociedades matriarcais fundamentaram o prestígio da mulher justamente nesse mistério de ser, até então, inexplicavelmente, a única capaz de gerar nova vida. A pré-história legou aos historiadores atuais muitas evidências dos chamados "cultos à grande mãe". O culto à gestação é evidenciado nas figuras paleolíticas que representam mulheres com grandes ventres e seios: gestação e nutrição da cria.


Entretanto, nem só de tribos primitivas era feita a Antiguidade do homo sapiens e logo a importância do sêmen, do falo, da potência viril do homem foi descoberta como elemento indispensável à criação de um novo ser humano. Isso mudou completamente o foco da reverência religiosa dedicada ao sexo.

Primeiro, o sexo em si mesmo tornou-se, mais do nunca, temas para rituais fetichistas, de magia simpática e o falo ou, o pênis passou ser o símbolo da divindade criadora. A mulher-Terra, de nada valia sem a semente-Homem. Estava implantado sexualismo fálico religioso e o patriarcalismo econômico-político-social.


Ao mesmo tempo, a Humanidade, instituindo focos de civilização em diferentes partes do mundo, ia, pouco a pouco conhecendo caprichos da carne, que, absolutamente, não se limitaram ao âmbito do sexo. Os homens foram se tornando mais gulosos em vários sentidos: se o sexo procriativo já não bastava, o fruto selvagem da terra também deixou de ser suficiente para a fome do estômago e a caça, pouco funcional para alimentar as grandes comunidades polígamas.

O homem carnal é cheio de necessidades que, naturais ou imaginárias, reclamam sem parar para serem atendidas. Além disso, dotado de inteligência criativa, de auto-consciência e imaginação, o homem cria novas necessidades que os animais desconhecem; e abusa, exagera. E o abuso do homem é a essência do chamado pecado, que nada mais é que "erro".

Nesse caminho, a Humanidade da 5ª Raça, herdeira dos excessos dos últimos Atlantes, transformou fome em gula; sede, em embriaguês; remédio em overdose; sexo, em sacanagem: "Os chamados Anjos Caídos são a própria Humanidade".


O Demônio do Orgulho, da Luxúria, da Rebeldia, do Ódio não existia antes de aparecer o homem físico consciente..." [ANTROPOGÊNENSE p. 292] e... "Nos primeiros tempos, a concepção era tão fácil para a mulher como para toda criação animal. Nunca esteve no plano da natureza que a mulher desse à luz os seus filhos com dor" [ANTROPOGÊNENSE p. 428].


ADÃO-CAIM-ABEL & JAH-HOVAH

As relações sexuais inauguraram uma nova etapa na evolução das Raças Humanas. Fato de tamanha importância não poderia deixar de ter seus registros, ainda que alegóricos, nas principais escrituras sagradas do mundo. Enquanto a Bíblia judaico-cristã fala, especificamente, de um casal primordial, Adão e Eva, o budismo esotérico considera esse casal como mero símbolo que se refere à nova Raça Humana que começava a se configurar; a Raça sexuada, a 5ª Raça Humana.

Nestes termos, ADÃO, não nomeia um indivíduo; é uma palavra genérica que nomeia uma Raça. Ao longo da História Humana, teriam existido, portanto, até agora, 5 Raças Adâmicas ou, Humanas. O Adão bíblico seria, então, a "Humanidade da 5ª Raça Humana", constituída de seres sexuados, que se reproduzem por meio de relação sexual.

Ensinam os Cabalistas a existência de quatro Adões diferentes ou a transformação de quatro Adões sucessivos, emanações do "fantasma divino" [Dyooknah]. ...Este Adão [os primeiro seres humanos] não possuía, naturalmente, nem um corpo grosseiro humano nem um corpo dos desejos [um corpo astral]. Este Adão é o protótipo do segundo Adão. Que todos eles representam as nossas Cinco Raças, não pode haver dúvida...

O primeiro é o (1) Adão Santo e Perfeito [seres santos e perfeitos], "uma sombra que desapareceu" [eram os chamados "Reis de Edom], produzida da Divina Imagem [Tzelem]; o segundo é o chamado (2) Adão Andrógino Protoplásmico do futuro Adão terrestre... O terceiro (3) [Adão Terrestre Inocente] é o homem feito de "barro" [matéria mais densa - mas... foi, ainda] ...um Adão inocente [inocência como ignorância, de ignorar, de desconhecer; [o quarto (4) Adão Carnal Intermediário]... é o suposto antepassado próximo de nossa própria Raça — o (5) Adão Caído.

... [Segundo Isaac Myer em Qabbalah [1888]: "O quarto Adão... era revestido de pele, carne, nervos, etc., ... ou seja, o corpo. Possuía a faculdade animal de reprodução e continuação da espécie.

}BLAVATSKY, 2003. A Doutrina Secreta vol. IV — O Simbolismo Arcaico das Religiões, do Mundo e da Ciência, p 24



A Bíblia judaico-cristã, embora seja considerada, pelos judeus, católico "romanos" e outros cristãos como "Palavra revelada" — ou seja, Verdade ditada pelo próprio Deus, em termos mais realistas é apenas mais um livro, ou melhor, conjunto de livros que resgata conhecimentos antigos com todas as naturais deturpações das histórias muito recontadas.

A Bíblia judaico-cristã tem o seu valor como documento histórico e sociológico porém tal como muitas outras escrituras "sagradas" não é uma obra original. Pesquisas arqueológicas e lingüísticas há muito já rastrearam as fontes que instruíram [inspiraram] livros bíblicos como o Gênesis, o Êxodo, o Deuteronômio, os Livros Sapienciais entre outros.

Os judeus, "filhos de Abraão", aquele que era de Ur, na caldéia, herdaram muitas de suas tradições religiosas da Mesopotâmia dos caldeus, herdeiros dos Sumérios que tiveram lá seus intercâmbios com o Egito, com a Pérsia Zoroastriana e com os povos do extremo oriente através de seus contatos com a Índia.


O Crime de Caim: A Primeira Relação Sexual

O Gênesis Bíblico fala de um Adão feito de barro que, durante o "sono" — período de inconsciência ou consciência onírica — sofre uma "intervenção" biofísica. "Deus", o Senhor, ou a Natureza [?] cria outro Ser Humano usando uma costela [parte lateral do corpo] de Adão. Ele "dorme" Adão assexuado e "acorda" Adão-Eva, ou seja, acorda para uma condição física diferente. Para a teosofia, o sono do Adão Divino alegoriza um processo biológico de milhões de anos.

Essa passagem bíblica refere-se à transição entre a assexualidade e o hermafroditismo. Mas o hermafroditismo não foi uma mudança biológica isolada na conformação da raça. Naturalmente, este Adão homem-mulher tinha outros novos órgãos também; e outra capacidade cognitiva, outro sistema de percepção. O "pecado original" bíblico, apesar de todas as associações da religião cristã popular, é claramente descrito como "provar do fruto do conhecimento do bem e do mal". O texto não fala de sexo mas destaca, em relação a Eva: "Parirás com dor" porquê? Antes não paria com dor? Meditemos...

O primeiro pecado do Adão Hermafrodita foi PENSAR: fazer perguntas, exercer a faculdade de ser um AGENTE CONHECEDOR e mais, um agente de escolhas e de realizações CRIATIVAS! este Adão Hermafrodita, como Raça, foi chamado de Raça de Jah-Hovah, referência a seus novos sinais distintivos externos: genitália masculina e genitália feminina; em visão resumida, pênis e vagina, protuberância e cavidade.

O nome composto de Jehovah, ou Jah-Hovah, [significa] vida masculina e vida feminina — em caráter andrógino, primeiramente, mais tarde em dois sexos separados. ... A letra hebraica Jod representava o membrum virile, e Hovah era Eva... [p 141]

No Livro de Enoch, temos Adão, o primeiro Andrógino Divino [sem sexo], que se separa em homem e mulher e se converte em Jah-Heva [Andrógino é uma Raça Humana, Jah-Heva outra Raça, os divinos Hermafroditas], e [um terceiro movimento converte-se, evolui para] — Caim e Abel, varão e fêmea... [Seguindo a genealogia Bíblica] ... Seth não é um homem, mas uma RAÇA. Antes dele a humanidade era hermafrodita [Jah-Eva, Caim e Abel)... [Seth é] ... o primeiro resultado [fisiologicamente] que se seguiu à "Queda" [procriação por relação sexual] — Seth é o primeiro Homem [Raça de heterossexuais ... seu filho Enos é chamado "o Filho do Homem". [140/141]



Mas os Hermafroditas da raça Jah-Hovah continuaram, durante muitas Eras, sem nada cogitar sobre a "utilidade" e utilização dos daqueles órgãos. Continuaram sendo ovíparos auto-reprodutores ou híbridos por conjugação genética em ambiente exógeno. Os indivíduos novos nasciam por esporulação ou exsudação. A esporulação produzindo clones e a exsudação, misturando material genético contido em fluidos secretados por de indivíduos diferentes. Essa situação deve ter perdurado bastante mesmo quando os Hermafroditas já estavam dotados de pênis e vaginas.

Mas, para quê servia o pênis? A raça Hermafrodita demorou a conjeturar sobre a utilidade da protuberância e da cavidade e é mesmo possível que isso tenha sido descoberto por mero acaso, que tenha sido um processo de experimentações. A primeira penetração pode ter sido feita em um objeto, a famosa melancia, por exemplo. Meditemos...

Entretanto, o imaginativo ser Humano da quarta Raça, a Raça de Adão Jah-Hovah, um dia "derramou o sangue virgem"! Caim sangrou seu irmão, Abel. A interpretação usual desta passagem do Gênesis considera que Caim agrediu mortalmente Abel mas entre os teósofos, o "sangue virgem" era uterino-vaginal e Caim é o símbolo daqueles Hermafroditas que, pela primeira vez tiveram a curiosa idéia de inserir o próprio pênis na vagina do irmão...

Nas escrituras sagradas dos hindus a separação dos sexos é representada alegoricamente por Daksha, o qual, vendo que seus descendentes "nascidos da vontade", os "Filhos do Ioga Passivo", não queriam criar homens, "resolveu converter a metade de si mesmo em uma mulher, com a qual teve filhas", as futuras mulheres da Terceira Raça, a que engendrou os Gigantes da Atlântida, pertencentes à Quarta Raça. O Vishnu Purana simplesmente diz que Daksha, o pai da humanidade, instituiu a relação sexual como meio de povoar o mundo. [ANTROPOGÊNESE - p 293]



Caim é: "o autor da primeira efusão sexual de sangue [sêmen - ANTROPOGÊNESE p 408]. É possível que depois o próprio Caim experimentasse receber o pênis do irmão da própria vagina mas isso só piora as coisas... Em hebraico, Abel é C-Habel, que significa "dores do parto", o que faz supor uma gravidez — vivípara! — como decorrência dos experimentos cainitas.

O fato é que o comportamento cainita foi severamente condenado pela Humanidade da época e, segundo a tradição arquetípica, Caim foi "marcado" e banido: "Caim seguiu para a região de Nod e ali tomou esposa." — evidentemente, apesar de banido Caim não estava arrependido já que "tomou esposa" e continuou praticando relações sexuais. Desde então os Hermafroditas estiveram sujeitos a optar por se relacionarem na posição de homem, mulher ou ambas as coisas conforme a ocasião.

Os Hermafroditas começaram a desaparecer ainda no fim da terceira Raça Humana. A primeira geração dos Jah-Hovah (Machos-Fêmea) a nascer com somente um sexo definido foi a geração de Seth, alegoricamente, o antepassado da Quarta Raça, heterossexual e, na decadência, uma Raça orgiástica e que foi extinta, "pelo pecado" dando lugar à Quinta Raça que floresceu depois do dilúvio [castigo de Deus?] protagonizado, na Bíblia, por Noé e, em outras escrituras, por outros personagens.



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Comentário à Antropogênese Teosófica
Antropogênese: Trechos Comentados do Livro
A Verdade Esotérica Sobre o Pecado Original

BIBLIOGRAFIA
BLAVATSKY, Helena Petrovna. A Doutrina Secreta vol. III — Antropogênese. São Paulo: Pensamento, 2003.
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