A MAÇONARIA X IGREJA CATÓLICA ROMANA

































O Cisma da Igreja Católica Apostólica Romana com a Maçonaria, desde o início da Maçonaria Moderna (sec. XVIII).

As conseqüências foram diversas, entre elas a imagem de nossa Instituição perante o povo não maçônico, em geral, principalmente a população não esclarecida, assim como o sentimento de impedimento de ingressar na Ordem, por alguns católicos praticantes.
Este Cisma Católico foi semente que germinou e, hoje, muitas Igrejas Protestantes também são anti-maçônicas.

Oficialmente, o Cisma iniciou em 28/04/1738, através da Bula “In Eminenti Apostolatus Specula”, assinada pelo Papa Clemente XII. É chamada de “A Bula Mãe contra a Maçonaria”.
Observe que é no mesmo ano da 2ª edição da Constituição do protestante, pastor presbiteriano, James Anderson, na Inglaterra; país onde o poder político era protestante. De fato, até hoje, nunca mais houve um reinado católico, desde a Revolução Gloriosa.

Para um Maçom compreender a INTITUIÇÃO MAÇÔNICA, dada sua importância de contribuição no desenvolvimento da civilização moderna e contemporânea, é imprescindível o conhecimento de História da Civilização Humana, nestes dois períodos.

Por isto, iniciaremos a série caminhando pela história do Humanismo Renascentista e o inevitável Movimento Iluminista.
Estes processos históricos, juntamente com a Reforma Religiosa de Martinho Lutero, retiraram do povo as correntes do obscurantismo, colocadas pela Igreja Católica Romana e os Reis Absolutistas, iniciando uma total reformulação nos rumos da civilização ocidental.

Não esqueçamos que a “madrinha” da Maçonaria Operativa, era a Igreja Católica Apostólica Romana.
Em 1277, o Papa Nicolau III, concedeu exclusividade na construção dos templos da cristandade aos “freemasons”, ficando estes desobrigados de servidão, pedágios e impostos, pelos feudos europeus.
Em 1334, o Papa Bento XII ratifica a exclusividade dada pelo Papa Nicolau III.
Os franco-maçons cresceram, ficaram fortes e com prestígio, em função da proteção da igreja Católica Romana, e juravam fidelidade ao Papa.
Em 1356, Henry Yevele e mais 11 maçons, de York, levam à Prefeitura de Londres o Estatuto da Sociedade Construtora dos Franco-Maçons e é aprovado.

Neste período medieval, a sociedade constituía-se de duas classes: o rico (formada pelo clero e a nobreza) e o pobre (formada pelo povo, oprimido e explorado pelo rico).
Surgiria então outra classe: o burguês, vindo do povo, mas com o desejo dos privilégios dos ricos, por também terem formado riqueza.
Termina a Idade Média e inicia a Moderna (séc. XV). Surge o Movimento Renascentista. No séc. XVI surge a Reforma Religiosa.
A classe burguesa patrocinaria as mudanças, apoiadas pela nobreza que fora convertida ao protestantismo e corria perigo de vida, pela ação da Inquisição.

A burguesia faria com a Igreja Católica Apostólica Romana o que esta fez com o Império Romano, ou seja, patrocinaria a quebra de sua hegemonia de poder.

A Maçonaria Operativa entra em colapso financeiro, devido a mudança de preferência arquitetônica, por influência do Movimento Renascentista.
Criam-se Lojas de Aceitação onde o burguês ingressa, passando a usufruir do prestígio dos franco-maçons, iniciando robustez ao sistema especulativo (já iniciado a décadas, na Escócia e Inglaterra).

Formam-se duas Maçonarias, ambas com a presença do burguês, dependendo de suas convicções metafísicas: a católica (tradicional, onde a maior força era em York) e a protestante (reformadora, onde a maior força era em Londres).
Na Inglaterra, a protestante formaria, em 1717, um novo Sistema Organizacional; o Obediencial, através da fundação da Grande Loja de Londres e Westmister, dando início a Maçonaria Moderna (e não Especulativa, pois já existia).
Estas duas Maçonarias iriam se unir apenas em 1813, formando a atual Grande Loja Unida da Inglaterra.

Porém, a Maçonaria Católica também abraça, por toda a Europa, as Reformas Sociais e passa a defender o Movimento Iluminista, onde a França seria seu maior expoente. A maioria dos Iluministas famosos e lideres do Movimento eram Maçons, independentes de suas opções religiosas.
Em 1737, o escocês André Miguel Ramsay (Patrono dos Altos Graus Escoceses), Maçom proeminente da Maçonaria Católica na França, faz seu célebre discurso que foi impedido de ser pronunciado, pelo cardeal Fleury, mas foi publicado, com propostas de reformas institucionais na Maçonaria, com adoção do sistema de Autos Graus e o projeto da “Enciclopédia” que se tornaria o auge do Movimento Iluminista (a grande “bomba” jogada contra a Igreja Católica e os Reis Absolutistas). Este discurso de André Ramsay é um dos anexos da série “O REAA e os Altos Graus”, apresentada no ano passado.

A igreja Católica já tinha a Maçonaria Protestante como voraz inimiga e a própria Maçonaria Católica também tinha aderido ao Movimento Iluminista.
No ano seguinte (28.04.1738) foi emitida a Bula “Em Eminenti Apostolatus Specula”; a Bula Mãe contra a Maçonaria que proibia os católicos de se tornarem Maçons, ficando estes sob suspeição de heresia e sujeitos a ação de averiguação da Santa Inquisição. Estava oficializado o Cisma.

A partir de então, a Maçonaria seria formada por “hereges”, como o foram Jacques De Molay e seus Templários, John Huss, Martinho Lutero, João Calvino e todos os outros protestantes, Henrique VIII e todos os Anglicanos, e mais Copérnico, Galileu Galilei, Giordano Bruno...

Ao longo da série, abordaremos eventos ocorridos durante estes quase três séculos, com variações no percurso, inclusive no Brasil. Este período foi mais que suficiente para o povo dar asas a sua imaginação, a respeito do que é Maçonaria.



“In Eminenti Apostolatus Specula”, “A Bula Mãe contra a Maçonaria”, lançada pelo Papa Clemente XII, dado o posicionamento e ação dos Maçons no Movimento Renascentista, culminando em total participação no Movimento Iluminista.

Porém, esta ação da Igreja Católica não teve o mesmo efeito de quando eles perseguiram os Templários em 1307.
No século XIV, a Igreja possuia mais Poder, Respeitabilidade e Credibilidade que no século XVIII.

O próprio surgimento da Reforma Religiosa de Martinho Lutero (início do séc. XVI) cresceu exatamente porque a Igreja Católica Romana (e não o Cristianismo) estava em profunda Decadência Moral, com a visível Corrupção, Prostituição, luta pelo Poder Político e pela Riqueza; comportamentos antagônicos aos Princípios Cristãos.

Sendo assim, ao Papa Clemente XII emitir a Bula, a repercussão variou de país a país (mesmo católicos) e também dentro da própria Igreja.

Desta forma, nos governos protestantes, que já estavam na lista dos “hereges” há muito; nada mudou.
Nos governos católicos, como os da França, Hungria e Áustria, por exemplo, proibiram a publicação desta Bula. Muitos cléricos que já eram Maçons mantiveram sua condição maçônica, continuando a haver novas Iniciações.
O homem esclarecido via que a Moral aplicada na Doutrina Maçônica, na prática, estava mais próxima do comportamento cristão que as atitudes seculares do papado, além de respeitar, valorizar e estimular a religião de cada membro, atitude também inaceitável para a Igreja Católica.

Em contrapartida, em governos como os de Malta e Suécia, originou até pena de morte. Na Polônia as Lojas, que tinham começado em 1730, acabaram fechando. Os magistrados de Hamburgo condenaram a Maçonaria. Um Édito do Inquisidor Geral proibiu a Maçonaria na Espanha e Felipe V, rei da Espanha, promulga uma ordem contra os Maçons, muitos dos quais foram detidos e enviados as galés.. A Inquisição de Florença dita penas severíssimas contra os Maçons. A Inquisição, em Lisboa, persegue e mata os Maçons como hereges.

Após a morte do Papa Clemente XII (1730), ele é sucedido pelo Papa Bento XIV que, em 1751, lança a Bula “Providas Romanorum Pontificium”, confirmando a Bula anterior de Clemente XII.


No mesmo ano, o rei da Espanha, Fernando VI, devido a Bula do Papa Bento XIV, decreta pena de morte para todo indivíduo que professar a Maçonaria, por ela ser considerada um perigo para a Igreja e o Estado. A pena rege para Espanha e América espanhola. A Inquisição de Madri envia instruções a Lima para processar os Maçons do Distrito. O frade jesuíta José Torrubia, iniciado na Maçonaria com dispensa do Papa, denuncia a Inquisição espanhola a existência da Ordem com os nomes de seus membros. As autoridades de Dantzig, Alemanha, proíbem a todos os cidadãos de contribuir, direta ou indiretamente, para o estabelecimento de Lojas maçônicas sob pena de prisão.

Em 1814, o Papa Pio VII lança a Bula Sollicitudo Omnium contra os Maçons e Carbonários.
Como conseqüência desta Bula, o Grande Oriente  da Itália é fechado.

 
Papa Pio VII

E assim prosseguiria este cenário histórico, de comportamento do Poder Católico Apostólico Romano, com relação a Maçonaria. Evidente que com as mudanças de governo, em cada país, havia mudanças na postura de aceitação da Maçonaria, inclusive no Brasil.

Esta situação iria piorar muito com a Unificação da Itália, em 1860, no papado de Pio IX. Embora tenha sido um Movimento empreendido pela Carbonária Italiana, como seus líderes também eram Maçons (Mazzini, Cavour e Garibaldi), a Igreja Católica sempre considerou Carbonária e Maçonaria como uma única coisa (o que não era verdade) e sujeitas às mesmas penas eclesiásticas. Difícil de desmentir a condição maçônica destes líderes já que Mazzini e Garibaldi iriam ser, após a Unificação, Grão-Mestres do Grande Oriente da Itália e Garibaldi foi Soberano Grande Comendador do REAA, entre outras coisas dentro da Ordem Maçônica (foi um Maçom extremamente ativo).
Em 1862, é reerguido o Grande Oriente da Itália, que fora fechado em 1814, pela Bula do Papa Pio VII.
A Carbonária Italiana desfaz-se, poucos anos após a Unificação italiana.

 
Garibaldi, um dos líderes da unificação Italiana


Papa Pio IX

O Vaticano passou a ser uma Cidade-Estado (44 km 2), dentro da Itália, através do Tratado de Latrão, em 11.02.1929, assinado pelo Papa Pio XI e Benito Mussolini. Esta proposta já havia sido feita pelo rei Vitor Manuel, logo após a Unificação, e recusada por Pio IX, O Vaticano tornou-se o menor país do mundo.



As Bulas, Encíclicas, Alocuções, Cartas etc., contra a Maçonaria, no papado de Pio IX, foram as de maior quantidade.

Este papa participaria ativamente da “Questão Religiosa”, no Brasil, no Império de D. Pedro II (deixaremos para a próxima semana).

Existe uma lenda de que o Papa Pio IX teria sido Maçom, antes de ser Papa; o que não é verdade. Ficou provado que o Maçom João Ferretti de Mastai, da Loja “Nova Cadena”, do Oriente de Palermo, não era o Papa Pio IX (João Maria Mastai Ferretti).

Para finalizarmos, verificamos que ao enxergarmos a questão "Igreja Católica e Maçonaria", de forma histórico-política, podemos compreender coerentemente esta perseguição secular da Igreja Católica, denominando a Instituição Maçônica de “satânica” e aplicando penas aos católicos que dela pertencer ou ajudar ou se relacionar com um membro.
A grande falha da maioria das pessoas, Maçom e não Maçom é tentar entender as Bulas, Encíclicas etc. lançadas pela Igreja Católica contra a Maçonaria, pelo prisma metafísico, deixando à margem os dados de todo um contexto histórico, envolvendo estas duas Instituições.






Na última publicação , paramos nossa história sobre a Igreja Católica e a Maçonaria, no séc. XIX, no papado de Pio IX (1846 a 1878)).
Vimos a maior derrota histórica da Igreja Católica que foi a Unificação da Itália, neste pontificado, com conseqüente imensa perda territorial e de riquezas do Vaticano.
Os responsáveis foram, para a Igreja de Roma, a Carbonária Italiana e a Maçonaria (que para a Igreja, erradamente, era a mesma coisa). Como a Carbonária desfez-se poucos anos depois, ficou a Maçonaria para sofrer as devidas retaliações.

Paramos a parte II, propositadamente, em Pio IX, devido a ocorrência do maior conflito entre a igreja Católica e a Maçonaria, em território brasileiro: A chamada Questão Religiosa, iniciada em uma festa de comemoração, dada pelas Lojas Maçônicas do RJ, da conquista dos Abolicionistas com a Lei Visconde do Rio Branco ou, como é mais conhecida, Lei do Ventre Livre (28.09.1871), de autoria do gabinete do Conselho de Ministros, presidido pelo nosso Irmão José Maria da Silva Paranhos Júnior (Visconde do Rio Branco), então Grão-Mestre do GOB. Esta festa realizou-se no início do ano seguinte a aprovação da Lei (02.03.1872).

 
Visconde do Rio Branco ( José Maria da silva Paranhos Júnior)   nasceu em  Salvador 1819 Morreu  no Rio de Janeiro 1890

Como estamos no mês das comemorações da Abolição da Escravatura, no Brasil (13.05.1888),a Grande Biblioteca dedica a ela, esta Parte III, da série Igreja Católica e Maçonaria.

Porém, antes de entrarmos no tema, propriamente dito, é imperativo que vejamos antecedentes sobre a postura da Igreja Católica perante a questão da Escravidão Africana, iniciando no séc. XV, quando o Papa Nicolau V, em 1455, pela Bula Romanus Pontifex dava a "benção" aos navegantes portugueses para capturar negros africanos, em nome da evangelização e consequente "salvação de almas pecadoras". Ademais, já era uma prática normal na Europa e esta Santa Igreja também participava no Comércio do Tráfico Africano, com seus investimentos marítimos. No caso das colônias portuguesas, junto com a coroa portuguesa, ela recebia impostos sobre o tráfico negreiro.
Aprendemos na escola, quando criança, que a Igreja Católica era contra a escravidão indígena no Brasil, onde o grande e heróico expoente desta luta foi o padre jesuíta José de Anchieta. Porém, os livros não falam da posição da Igreja sobre a escravidão africana. De fato, a escravidão indígena levava a uma imensa perda financeira, para quem tinha interesses no tráfico negreiro.
Muitos Papas ratificaram o Papa Nicolau V e muitos foram contra qualquer tipo de escravidão, ao longo dos séculos seguintes; contudo, os que foram contra, não tiveram a mesma energia de combate, como tiveram com a escravidão indígena (e com a Maçonaria).

Retornemos para 02.03.1872 e a festa de comemoração da Lei do Ventre Livre, quando o Grande Orador Interino, nosso Irmão padre José Luiz de Almeida Martins, com vestimentas sacerdotais, profere um eloqüente e apaixonado discurso pela conquista feita, enfatizando a nobre Instituição Maçônica e a santidade de sua doutrina. Sua inquestionável preocupação com a Justiça e Humanidade, sendo, os Maçons, anjos tutelares do progresso e da civilização, realizando, cada vez mais, conquistas na questão da escravização do negro, no Brasil. Falou que os Maçons eram amigos da humanidade e querendo dela constituir uma só família, que só reconheciam a Glória que não morre o Poder que não oprime e a Religião que, pelo amor, nos dá a posse de Deus.

Infeliz idéia, deste nosso Irmão, que redigiu o discurso e o leu, pois seu discurso foi publicado nos jornais, no dia seguinte. O bispo do RJ, D. Pedro Maria de Lacerda, determinou que o padre saísse da Maçonaria, o que foi recusado. O bispo então suspende o Irmão Almeida Martins de suas responsabilidades sacerdotais, proibindo, inclusive, do uso das vestes.

As duas Potências da época (GOB – Visconde do Rio Branco e Grande Oriente dos Beneditinos – Saldanha Marinho) se uniram para defender o Irmão Almeida Martins.
Esta seria mais uma motivação para um desejo de muitos maçons da época; a unificação e formação do Grande Oriente Unido.

Esta atitude do bispo do RJ, após a situação que estava o Vaticano, devido a Unificação da Itália, foi como jogar gasolina em na brasa. O bispo de Recife e Olinda, D. Vital Maria Gonçalves de Oliveira, resolve “fazer cumprir” a Bula do Papa Pio IX e exterminar “Maçonaria” da vida dos católicos de sua arquidiocese, esquecendo que a influência maçônica no Brasil já era muito forte.
D. Vital suspende alguns Irmãos Maçons padres que recorrem ao poder Secular (civil). O Estado determina a reintegração destes padres, sob risco de ser processado. D. Vital ignora as determinações do Estado.

O Papa Pio IX, em 1873, enclausurado nas dimensões do novo espaço geográfico do Vaticano lança a Carta Quamquam contra a Maçonaria, denominando-a de “Sinagoga de Satanás”, e envia cópia dela à Dom Vital, concedendo-lhe plenos poderes para proceder com severidade contra a Maçonaria.

O bispo do Pará, D. Antônio de Macedo Costa acompanha a ação do Bispo de Olinda, em sua jurisdição.

Em 1874, ambos os bispos são condenados, pelo Estado, a quatro anos de prisão, com trabalhos forçados, o que desestimulou a manutenção de atitudes dos outros bispos, embora o “clima” tenha ficado bastante “pesado”.
Em 1875, o Papa Pio IX envia uma carta a Dom Pedro II, Imperador do Brasil, comparando os Maçons da Europa com os da América e concluindo que sobre ambos incide a mesma condenação.

Esta Questão teria fim, restando apenas mágoas e rancores, através do Irmão Luiz Alves de Lima e Silva (Duque de Caxias) que, negociando com o Imperador D. Pedro II, a aceitação do cargo de presidente do Conselho de Ministros e ocupar a pasta da Guerra, colocou como condicional as anistias dos bispos presos. Assim, os bispos foram anistiados através do Decreto Imperial nº 5993, de 17.09.1875..
Em 1876, o Papa Pio IX envia uma carta aos Bispos do Brasil condenando a posição da Maçonaria brasileira na "Questão Religiosa".

Este Grande Bibliotecário, embora tenha pesquisado muito, não descobriu a origem da denominação de "Questão Religiosa", para este evento histórico brasileiro, envolvendo a Igreja Católica e a Maçonaria.
Seja como for, consideramos esta denominação errada e “perigosa”.
Uma questão religiosa ocorre entre duas entidades religiosas (como seria o caso entre a Instituição Católica e a Protestante).
Como a Maçonaria não é e nunca foi Religião, defende a liberdade religiosa, proibindo qualquer discussão partidária religiosa; ela nunca poderia estar envolvida em uma “questão religiosa”.
Para o leigo, dos eventos históricos, esta denominação pode conduzi-lo a uma visão errada da Maçonaria.


Na edição passada, falamos sobre o problema ocorrido, no Brasil, entre a Maçonaria e a Igreja Católica, na década de 70 do séc. XIX, denominada de “Questão Religiosa”, no papado de Pio IX (1846 a 1878).

Após a morte do Papa Pio IX, em 1878, os sucessivos papas que assumiram Leão XIII (1878 a 1903) e Pio X (1903 a 1914), foram marcados por muitas Bulas, Encíclicas, Cartas etc.; assim como as manifestações católicas contra a Maçonaria só cresceram.

 
Papa Leão XIII, pontificado de 1878 a 1903


 
Papa Pio X, pontiticado de 1903 a 1914

 
Papa Bento XV, pontificado de 1914 a 1922
Em 1914, sobe ao pontificado o Papa Bento XV (1914 a 1922). É neste pontificado que ocorre uma reformulação e atualização das Leis Canônicas, através do Código de Direito Canônico, promulgado em 27.05.1917, feito no Concílio Ecumênico Vaticano I.

Nele são inseridos 14 cânones contra a Maçonaria.
Através deles:
01.  As católicas não poderiam se casar com Maçons,
02.  Os Maçons não poderiam ter sepulturas católicas,
03.  Assistir missas,
04.  Ser admitidos em associações de fiéis,
05.  Não poderiam ser padrinhos de casamentos católicos etc.

Os Sacramentos Proibidos eram: Batismo, Eucaristia, Crisma, Penitência (Confissão), Matrimônio, Ordenação Sacerdotal e a “Extrema Unção”.

O mais famoso foi o CÂNON 2335. Nele "Os que dão o seu próprio nome à seita maçônica ou a outras associações do mesmo gênero, que maquinam contra a Igreja ou contra os legítimos poderes civis, incorrem Ipso Facto, na Excomunhão Simplificter reservada à Sé Apostólica.".
Fato consumado e bem esclarecido!
Evidentemente, tanto na Maçonaria Universal, como dentro da própria Igreja Católica, ao longo das décadas seguintes, houve tentativas de Conciliação destas duas instituições e cancelamento destes cânones. Estas ações atravessaram os pontificados de Pio XI (1922 a 1939) e Pio XII (1939 a 1958), chegando ao pontificado do Papa João XXIII (1958 a 1963).


Papa João XXIII, considerado o papa da abertura
Neste pontificado foi iniciado, em 1962, o Concílio Ecumênico Vaticano II, com o objetivo de atualização e reformulação da posição da igreja Católica Apostólica Romana, perante diversas questões.
   
Concílio Vaticano II, Um importante passo

O Papa João XXIII, “O Papa do Ecumenismo” (ecumênico = universal) não viveu para ver os resultados do Concílio, pois morreria no ano seguinte, embora tenha sido o semeador de uma renovação de posicionamento e, consequente, imagem da Igreja Católica.

Três anos após a morte do Papa João XXIII, saiu na Tribuna Italiana a “Oração aos Maçons”, sendo, segundo o jornal, de autoria do Papa João XXIII, escrita pouco antes de sua morte. Porém, provou-se depois que esta Oração NÃO FOI ESCRITA PELO PAPA, embora, até hoje, ela é veiculada, na internet, como sendo de autoria do Papa; o que não é verdade.



      “Senhor e Grande Arquiteto,

Nós nos humilhamos a Teus pés e invocamos o Teu perdão, pela heresia que, no curso dos séculos, nos impediu de reconhecer em vossos irmãos maçons os Teus seguidores prediletos. Lutamos sempre contra o livre pensamento, porque não havíamos compreendido que o primeiro dever de uma religião, como afirmou o Concílio, consiste em reconhecer o direito de não se crer em Deus.

Havíamos perseguido todos aqueles que, dentro da própria Igreja, haviam se distanciado do caminho da Verdade, inscrevendo-se em Lojas, desprezando todas as injunções e ameaças.

Havíamos, impensadamente, acreditado que um sinal da cruz pudesse ser superior a três pontos formando uma pirâmide.

Por tudo isso, nos penitenciamos, Senhor, e, com o Teu perdão, te rogamos que nos faça sentir que um compasso sobre um novo altar pode significar tanto quanto velhos crucifixos.

Amém”.

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 O Concílio Ecumênico Vaticano II terminou em 1965, já no pontificado de Paulo VI (1963 a 1978). Após seu término, a Igreja Católica surge com uma nova imagem para o mundo:

Passou a assumir uma posição de tolerância religiosa para com as religiões cristãs (não católicas) e não cristãs (Islamismo, Budismo, Hinduísmo, Judaismo etc.).

A então Congregação do Santo Ofício (fundado inicialmente como Tribunal do Santo Ofício ou Santa Inquisição, em 1184) é redefinida e passa a ser chamada de Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé, cujo objetivo era ser o poder máximo doutrinário, como a Guardiã da Doutrina Católica, não tendo mais responsabilidade de “ação” contra as heresias.

Foi criada uma Comissão de Cardeais para a revisão do Código de Direito Canônico de 1917.

Evidente que, com a revisão, a questão “Maçonaria” seria também reavaliada, como resposta às diversas tentativas de diálogo da Maçonaria e de parte do clero.
Foi uma fase de aflição, expectativa e esperança para os Maçons Católicos e de uma parte do clericado, ansiosos pela Conciliação da Igreja Católica com a Maçonaria.

As ações de aproximação foram diversas, ao longo do tempo de espera do novo Código.

Em 1974, uma Declaração da Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé, na gestão do prefeito Cardeal Seper, a respeito da interpretação do cânon 2335, informa que “o cânon 2335 se refere unicamente aos católicos que dão o nome às associações que de fato conspiram contra a Igreja.”.

Os Maçons católicos do mundo inteiro festejaram o fato de que a excomunhão não se dava de forma generalizada e sim caso a caso (para quem “conspirasse”). Embora a proibição de ingresso na Maçonaria continuasse válida, por força de Lei do Código Canônico de 1917.

Em 1975, a Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé, em resposta à CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), determina que “Para se verificar se uma associação maçônica não conspira contra a Igreja, basta dar fé ao que nela estão escritos há anos e que não se pode julgar o todo por um ou outro de seus componentes.”. A MAÇONARIA BRASILEIRA FESTEJOU!

O Universo estava conspirando a favor para o término deste Cisma de quase dois séculos e meio!
Havia uma esperança grande e crescente de que o novo Código de Direito Canônico, ainda em elaboração, não traria cânones contra a Maçonaria.
 Então, em 1981, a Itália passa a ser o foco dos jornais do mundo inteiro; o escândalo da Loja Maçônica P2 (uma Loja Secreta, Independente, sem jurisdição Obediencial), comandada por Licio Gelli, envolvendo tráfico de armamentos de guerra, golpes de Estado, tráfico de influências nas esferas governamentais, assassinatos etc.




P2, A sombria loja maçônica italiana

 
Licio Gelli, na época venerável mestre da P2
Estavam envolvidos nomes de pessoas e de organizações nacionais e internacionais poderosíssimas, incluindo o alto clero, a CIA, a Máfia etc. Desvios de dinheiro do Banco Ambrosiano (envolvido no escândalo), um dos maiores bancos de Milão, cujo maior acionista era o Vaticano, entrou em colapso financeiro. Posteriormente foi renomeado de Banco Ambrosiano Vêneto após a fusão com o Banco Católico do Vêneto.Parte da história deste escândalo foi inserida no filme “O Poderoso Chefão III”, de Francis Ford Coppola.

 
Al Pacino em O Poderoso Chefão, um espelho dos acontecimentos de 1981


Papa João Paulo I, pode ter sido vítima da mesma conspiração.

Um grande e desastroso escândalo internacional que levaria muito tempo de justificativas, esclarecimentos e comprovações que a Loja Maçônica P2 não tinha a ver com nenhuma Instituição Maçônica Italiana e muito menos com a Maçonaria Universal e seus princípios.

Neste mesmo ano de 1981, o mesmo Cardeal Seper, ainda Prefeito da Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé, envia ao mundo católico uma Declaração “Dado que a citada carta [de 19/7/1974], tornada de domínio público, deu margem a interpretações errôneas e tendenciosas... Não foi, portanto, ab-rogada a excomunhão nem as outras penas canônicas previstas.”.

Que tristeza para os Maçons católicos, de todo o mundo...

O novo Código Canônico estava em etapa de finalização, com já quinze anos de duração em sua elaboração.

O Mundo Maçônico Católico voltou à apreensão e insegurança de outrora, para com o novo Código de Direito Canônico por vir.


Na edição passada, vimos que o Papa Paulo VI morre em 1978 e assume o Papa João Paulo I, morrendo no mesmo ano e, ainda neste ano, inicia-se o papado de João Paulo II (1978 a 2005).

Em 1981, a Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé, retrocede no posicionamento com relação aos Maçons Católicos.

Em 1983, termina a elaboração do Novo Código de Direito Canônico, após 17 anos de iniciado.

 
Papa João Paulo II, durante o seu pontificado é concluído o Código de Direito Canônico
Atendendo as Orações de nossos Irmãos Maçons e parte do Clero, os 14 Cânones contra a Maçonaria são retirados.

Com relação às Associações, ficou um novo Cânon, nº 1.374 que estabelecia: "Aquele que se afilia a uma Associação que conspira contra a Igreja, deve ser punido com justa penalidade; e aqueles que promovem e dirigem estes tipos de Associações, entretanto, devem ser punidos com interdição".

 
Novo código de direito canônico de 1983

Quando os Maçons souberam do término da elaboração e conteúdo do novo Código, faltando apenas a promulgação do Papa João Paulo II, marcada para 27.11.1983, eles festejaram. Para eles estava ótimo, pois sabe-se que a Maçonaria não “conspira” contra a Igreja Católica e o nome da Maçonaria não estava sendo mais citada, no Código. Finalmente, acabou o Cisma!

Porém, a felicidade dos Maçons, durou pouquíssimo. Em 26.11.1983, na véspera da entrada em vigor do novo Código, uma Declaração da Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé é publicada, no Jornal Oficial do Vaticano, feita pelo prefeito da Congregação, o Cardeal Joseph Ratzinger (atual Papa Bento XVI), afirmando que:

 
Joseph Ratzinger, Na época Cardeal e prefeito da SCDF

 "Permanece imutável o juízo negativo da Igreja perante as Associações Maçônicas, porque os seus princípios sempre foram considerados Inconciliáveis com a Doutrina da Igreja, e por isso, a inscrição continua proibida. Os fiéis que pertencem às Associações Maçônicas estão em estado de PECADO GRAVE e não podem receber a SANTA COMUNHÃO.”.

Não era mais proibido, ao católico, ingressar na Maçonaria, perante o Código de Direito Canônico (que passou a ser omisso, com relação a questão), porém continuava a ser, por determinação da Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé, a Guardiã da Doutrina Católica.
Grande pesar para os Maçons Católicos e o Clero pró Maçonaria (que não era e nem é pequeno).
Os historiadores justificam o escândalo com a Loja Maçônica P2, em 1981, que ainda não estava devidamente esclarecido, como responsável por esta Declaração.
Este seria o último posicionamento da Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé, relativo a Maçonaria.

Em 21.06.1985, a Grande Loja Unida da Inglaterra (GLUI) faz uma Declaração se posicionando com relação à questão “Religião”, procurando deixar bem claro que: não só a Maçonaria não é uma Religião, como favorece a todas as Religiões.

Observa-se, com a leitura deste Documento  que a GLUI não se dirige a uma Instituição Religiosa em especial e sim aborda o tema “Maçonaria e Religião”, mostrando a completa Compatibilidade de nossa Instituição com toda e qualquer Religião. É um Documento muito bem elaborado pela sua praticidade, coerência e incontestabilidade, para quem tem “boa fé” ao lê-lo.

Evidente que, para uma religião dogmática-radical, cuja doutrina prega ser o único caminho de se chegar a Deus, sendo todas as outras religiões falsas (como várias religiões evangélicas atuais), será difícil haver Conciliação com a Maçonaria, cuja doutrina é de liberdade religiosa. Para estas religiões radicais, a doutrina maçônica “conspira” contra elas pois seus “fiéis” recebem “influências” de tolerância religiosa.
Quando não se tem tolerância religiosa, não há outro grupo para ocupar se não os dos fanáticos. Todos sabem que a Maçonaria combate o fanatismo. Erradamente, alguns pensam que fanáticos são só terroristas suicidas; estes são fanático-radicais. Quando dizemos que nossa religião é a única que leva a Deus, não estamos praticando um ato de fé e sim de fanatismo.

No caso da Igreja Católica Apostólica Romana, a partir de 1962, com o Concilio Ecumênico Vaticano II, onde se estabeleceu a tolerância religiosa, terminou doutrinariamente a Incompatibilidade com a Maçonaria.

Por isso, tentar compreender esta famosa Incompatibilidade sem ver as questões político-sociais que a história mostra ter existido entre a Igreja Católica de Roma e a Maçonaria, seria, no mínimo, um contra censo ou não querer buscar a verdade.

Este Grande Bibliotecário torce imensamente para que todas as religiões do mundo se posicionem Conciliatórias a Maçonaria, em prol de todos os Irmãos Maçons que professam uma religião.
Consideramos de extrema importância para os Irmãos religiosos praticantes possuírem a paz de espírito de ter sua religião (sua opção meta-física) em estado de Conciliação com a Ordem Maçônica.


DECLARAÇÃO SOBRE A MAÇONARIA

Foi perguntado se mudou o parecer da Igreja a respeito da maçonaria pelo facto que no novo Código de Direito Canónico ela não vem expressamente mencionada como no Código anterior.
Esta Sagrada CongregaçAo quer responder que tal circunstância é devida a um critério redaccional seguido também quanto às outras associações igualmente não mencionadas, uma vez que estão compreendidas em categorias mais amplas.
Permanece portanto imutável o parecer negativo da Igreja a respeito das associações maçónicas, pois os seus princípios foram sempre considerados inconciliáveis com a doutrina da Igreja e por isso permanece proibida a inscrição nelas.  Os fiéis que pertencem às associações maçónicas estão em estado de pecado grave e não podem aproximar-se da Sagrada Comunhão.
Não compete às autoridades eclesiásticas locais pronunciarem-se sobre a natureza das associações maçónicas com um juízo que implique derrogação de quanto foi acima estabelecido, e isto segundo a mente da Declaração desta Sagrada Congregação, de 17 de Fevereiro de 1981 (cf.  AAS 73, 1981, p. 240-241).
O Sumo Pontífice João Paulo II, durante a Audiência concedida ao subscrito Cardeal Prefeito, aprovou a presente Declaração, decidida na reunião ordinária desta Sagrada Congregação, e ordenou a sua publicação.
Roma, da Sede da Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé, 26 de Novembro de 1983.
Joseph Card. RATZINGER
Prefeito
+ Fr. Jérôme Hamer, O.P.
Secretário

Marcos Sant’Anna
Grande Mestre Bibliotecário GLOMEAL (grande loja maçônica de Alagoas)


TEORIAS DA CONSPIRAÇÃO MASÓNICA NA CULTURA POPULAR



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BIBLIOGRAFÍA


VEJA-SE TAMBÉM


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ENLACES EXTERNOS


REFERÊNCIAS

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  28.  Outwardly the local Freemason lodges appear as what they mostly do. They are stag groups following certain charitable aims and use a secret handshake and other secret society hocus-pocus. But getting together they think they can set themselves up as important local figures. It is good for business, good for the career. The wives, too, have thus the right social environment and perhaps get to hear the newest gossip from the neighborhood. But at the top things are completely different. The simples lodge brother tens não cria what happens at the top. (Lyndon LaRouche, NEUE SOLIDARITAT, 10 de março de 1993)
  29.  1)Comme toutes lhes Religions, tous lhes Mystères, l'Hermétisme et l'Alchimie, a Franc-Maçonnerie ne révèle ses secrets à personne, sinon aux Adeptes, aux Sages et aux Elus. Elle a recours à de fausses explications pour interpréter ses symboles, pour induire em erreur ceux qui méritent d'être induits em erreur, pour leur cacher a Vérité, qu'elle appelle a lumière, et lhes em écarter. (Albert PikeMorale et Dogmes, p. 104-105, (3e degré). 2) A Franc-Maçonnerie cache jalousement ses secrets, et induit intentionnellement em erreur ses interprètes prétentieux. (Ibid., p. 105) 3) Um esprit qui aime a sagesse et qui contemple de près a Vérité est forcei da déguiser, afin d'induire lhes multidões à l'accepter… Lhes fictions sont nécessaires pour lhe peuple, et a Vérité devient mortelle pour ceux qui ne sont pas assez forts pour a contempler dans tout são éclat. (Ibid., p. 103, 3e degré).
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  33.  Alexandre Dumas (pai)Mémoires de Garibaldi, 1860, p.34
  34.  Lhe 15 janvier 1881, Lhe Journal de Genève publiait une conversation de são correspondant à Paris avec l’um dês chefs da majorité franc-maçonne qui dominait alors comme aujourd’hui a Chambre dês Députés. Il disait : "Au fond de tout zela, il e a une inspiration dominante, um plano arrêté et méthodique, qui se déroule avec plus ou moins d’ordre, de retard, mais avec une logique invincible. Ce que nous faisons, c’est lhe siège em règle du catholicisme romain ...nous voulons lhe faire capituler ou lhe briser. Nous savons où sont ses forces vives, et c’est là que nous voulons l’atteindre". Citado por Monsenhor Henri Delassus em A conjuration antichrétienne.
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em:Masonic conspiracy theories




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